A taxa média de desemprego em sete regiões metropolitanas do país caiu para 10,1% em outubro, ante 10,6% em setembro, de acordo com pesquisa da Fundação Seade e do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Foi o primeiro recuo após seis meses de relativa estabilidade, e a expectativa é de que a taxa de desemprego diminua ainda mais nos próximos meses, segundo Alexandre Loloian, economista da Fundação Seade.
A pesquisa feita pelo Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), que usa metodologia diferente e abrange seis regiões metropolitanas, também mostrou uma queda do desemprego no mês, para 5,8%.
A queda no levantamento do Dieese também foi observada na comparação anual, uma vez que, em outubro do ano passado, a taxa estava em 10,8%. O total de desempregados no conjunto das sete regiões, em outubro, foi estimado em 2,240 milhões de pessoas, 122 mil a menos que no mês anterior.
A pesquisa foi realizada nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e Distrito Federal. O total de ocupados foi estimado em 20,04 milhões de pessoas, para uma População Economicamente Ativa (PEA) de 22,2 milhões.
Medo da crise
Na avaliação dos coordenadores da pesquisa, a queda da taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo, a mais populosa, está relacionada à redução da população economicamente ativa. O que pode ser explicado, entre outros fatores, pelo clima de apreensão criada pela crise econômica mundial Loloian, da Fundação Seade, lembrou que em outubro de 2008, início da última recessão mundial, houve também uma queda da população economicamente ativa. Além disso, a manutenção da situação familiar satisfatória estaria desestimulando muitas pessoas a ingressar no mercado de trabalho.