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mERCADO DE TRABALHO

Taxa de desemprego de jovens de 18 a 24 anos fica em 18,9% em janeiro

Fila por emprego, em Curitiba: queda na renda familiar e aumento do custo de vida explicam procura maior por um trabalho. | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Fila por emprego, em Curitiba: queda na renda familiar e aumento do custo de vida explicam procura maior por um trabalho. (Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo)

A taxa de desemprego entre os jovens cresceu num ritmo mais intenso do que o registrado entre as demais faixas etárias, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Emprego divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (25). A taxa de desocupação da população de 18 a 24 anos alcançou 18,9% em janeiro, ante 16,5% em dezembro. No primeiro mês do ano passado, a taxa de desemprego nessa faixa etária era de 12,9%.

“Há uma tendência de crescimento (na taxa de desocupação) para todas as faixas etárias, sendo que para o grupo de 18 a 24 anos a intensidade é muito maior”, reconheceu Adriana Beringuy, técnica da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE.

Adriana lembrou que, majoritariamente, o contingente mais expressivo de ocupados no mercado de trabalho está na faixa etária que vai dos 25 aos 49 anos. Nesse grupo, a taxa de desocupação ficou em 6,5% em janeiro, ante 6,1% em dezembro. Apesar da alta em ritmo menor, no primeiro mês de 2015 essa taxa estava em 4,3%.

No grupo de 50 anos ou mais, a taxa de desemprego foi de 3,2% em janeiro, ante 3% em dezembro. Em janeiro do ano passado, a taxa de desemprego nessa faixa de idade era de 2,2%.

Comércio

O comércio registrou aumento de 100 mil trabalhadores na passagem de dezembro para janeiro, contrariando um movimento sazonal de dispensa de empregados temporários nessa época do ano. A atividade registrou aumento de 2,3% no total de ocupados.

Com isso, não é possível dizer que a taxa de desemprego tenha aumentado em janeiro ante dezembro por causa da demissão de trabalhadores temporários. A taxa de desocupação nas seis principais regiões metropolitanas do país cresceu de 6,9% no último mês de 2015 para 7,6% no primeiro mês de 2016. “Não parece ser (dispensa de trabalhador) temporário”, afirmou Adriana .

A pesquisadora acrescentou que o comércio é o único setor a reter trabalhadores. A dispensa generalizada de empregados ocorrida nas demais atividades em janeiro pode estar por trás do fenômeno. Pessoas que perderam o emprego estariam se inserindo no comércio para garantir o próprio sustento. “Em meses de janeiro, o comércio sempre dispensa, mesmo que seja um pouquinho. Esse crescimento (no total de ocupados) nunca aconteceu”, destacou.

Das 100 mil pessoas a mais trabalhando no comércio em janeiro, 79 mil estão na região metropolitana de São Paulo. “Esse comércio que está se expandindo em São Paulo, não tenho como desagregar para saber o que é. Mas um cruzamento possível que já observei é que o comércio por conta própria que está crescendo na região”, ressaltou a pesquisadora. “Pode ser tanto o comércio registrado quanto o comércio ambulante. Não é com carteira nem sem carteira assinada”, completou.

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