A taxa de desemprego brasileiro subiu para 5,4% em setembro, ante 5,3% em agosto, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira. Em setembro de 2012, o índice também havia sido de 5,4%.

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Pesquisa da Reuters mostrou que, pela mediana das previsões de 30 analistas consultados, a taxa ficaria em 5,30%. As estimativas variaram entre 5,20 e 5,50%.

Ainda que mostre alguns sinais de perda de fôlego, o mercado de trabalho contrasta com outros dados econômicos, que mostram uma economia enfraquecida neste ano diante de fatores com a inflação maior e o consumo retraído. O crescimento estimado para 2013 está faixa de 2,5%. Para Cimar Azeredo, coordenador de Emprego e Rendimento do IBGE, o "quadro atual mostra que não há avanço em relação a 2012 em termos de redução da desocupação".

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O técnico ressalta, porém, que a pequena variação da taxa de desemprego de agosto para setembro corresponde a uma estabilidade do ponto de vista estatístico, ficando dentro da margem de erro da pesquisa para esse indicador.

Um alento, porém, veio dos indicadores do comércio, que apontaram um agosto melhor que o previsto (com alta de 0,9%), o que pode indicar uma estabilidade do PIB no terceiro trimestre -antes, esperava-se uma queda.

Ocupados

Segundo o IBGE, o número de pessoas ocupadas em setembro (23,2 milhões nas seis regiões pesquisadas) teve ligeira queda de 0,1% em relação a agosto. Foram fechadas 31 mil vagas. Já em relação a setembro de 2012, houve uma alta moderada de apenas 0,1%.

Por outro lado, o total de desempregados aumentou 2,5% de agosto para em setembro, somando 1,328 milhão de pessoas. Na comparação com agosto de 2012, esse contingente que procurava trabalho subiu 0,2%.

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Apesar da quase estabilidade da taxa de desemprego, alguns sinais apontam para uma desaceleração do mercado de trabalho. Entre eles, estão o menor ritmo de abertura de vagas nos últimos meses e o crescimento mais modesto do rendimento.

Pelos dados do IBGE, a renda subiu 1% de agosto para setembro, estimada em R$ 1.908. Já na comparação com setembro de 2012, houve alta de 2,2%.