A taxa média de juros cobrada do consumidor chegou a 44,2% ao ano em novembro, informou nesta segunda-feira (22) o Banco Central. Trata-se do maior patamar da série histórica do BC, de março de 2011. A taxa refere-se ao segmento de crédito com recursos livres, nas quais os bancos são livres para escolher as taxas oferecidas aos consumidores.
Em outubro, os juros estavam em 44,0% ao ano. Apesar da alta, a inadimplência manteve-se estável em 6,5%, próximo ao menor patamar da série histórica, de 6,4% em abril de 2011. Para as empresas, o custo do crédito com recursos livres aumentou em 0,1 ponto percentual para 23,5% ao ano. Com isso, a taxa média total com recursos livres chegou a 33%.
No caso dos recursos direcionados, segmento que inclui as linhas do BNDES, do crédito habitacional e rural, o juro total ficou estável em 7,9% ao ano e a inadimplência seguiu em 1% ao ano, como no mês anterior.
Estoque
O estoque total de empréstimos chegou a R$ 2,96 trilhões em novembro, aumento de 1,3% frente a outubro. Já as concessões totais recuaram 7% no mês. O saldo do crédito direcionado avançou mais. Enquanto o estoque neste segmento cresceu 1,7% no mês, o saldo de recursos livres aumentou 0,9%.
Em doze meses, o estoque do crédito direcionado acumula alta de 25%. Já o saldo do crédito livre, de 4,7%. O crédito disponível no país chegou a 58% do PIB (Produto Interno Bruto). No mês anterior, a proporção era 57,6% e, em novembro do ano passado, de 55,1%. SPREAD O spread total --diferença entre o custo de captação e o valor cobrado do tomador de empréstimo e que constitui a maior parte do lucro bancário-- caiu 0,2 ponto percentual para 12,6 pontos percentuais. O spread dos empréstimos com crédito livre chegou a 21,2 pontos percentuais. Já nas linhas com crédito direcionado seguiu em 2,8 pontos percentuais.
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