Em outubro, os juros médios nas operações de crédito para pessoa física foram de 6,08% ao mês| Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Após uma breve trégua em setembro, as taxas de juros cobradas dos consumidores voltaram a subir em outubro, de acordo com pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) divulgada nesta segunda-feira (10).

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Em outubro, os juros médios nas operações de crédito para pessoa física foram de 6,08% ao mês (ou 103,05% ao ano), contra 6,06% mensais (ou 102,59% ao ano) em setembro.

Setembro foi o mês que marcou a primeira queda das taxas de juros ao consumidor após 15 altas consecutivas, refletindo a interrupção, por parte do Banco Central, do ciclo de aumento da taxa básica de juros, a Selic, até então.

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Em sua última reunião, nos dias 28 e 29 de outubro, o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) anunciou a retomada do ciclo de aperto monetário, após elevar a Selic em 0,25 ponto percentual, a 11,25% ao ano.

Apesar disso, a alta de outubro ainda não reflete essa elevação da taxa, de acordo com a Anefac. Miguel Ribeiro de Oliveira, diretor da associação, diz que o impacto dessa alta deve começar a ser sentido nos próximos meses.

Em outubro, cinco das seis linhas de crédito pesquisadas pela Anefac tiveram seus juros elevados: juros do comércio, cheque especial, financiamento de veículos, empréstimo pessoal concedido por financeiras e empréstimo pessoal concedido por bancos. Os juros no cartão de crédito se mantiveram estáveis.

Empresas

Os juros médios cobrados de empresas registraram leve queda em outubro, passando de 3,43% em setembro para 3,44% no mês passado.

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Das três taxas de juros cobradas de empresas, duas caíram em outubro -desconto de duplicatas e conta garantida- e uma subiu -capital de giro.

No capital de giro, os juros subiram de 1,88% ao mês em setembro para 1,93% em outubro.

Já a taxa de desconto de duplicatas caiu de 2,55% ao mês em setembro para 2,52% mensais em outubro. A conta garantida caiu de 5,89% ao mês em setembro para 5,87% ao mês em outubro.