Ato da CUT contra a Selic em São Paulo, nesta terça-feira (30).| Foto: Roberto Parizotti
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O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sérgio Nobre, criticou nesta terça-feira (30) a manutenção da taxa de juros do Banco Central (BC), a Selic, em patamar elevado. A declaração foi feita durante um ato da CUT e outras sindicais na Avenida Paulista, em São Paulo.

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Na manifestação intitulada “Menos juros, mais empregos”, eles pediram a saída do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. De acordo com o movimento sindical, a atuação de Campos é de "boicote ao governo federal”.

"A taxa de juros, no atual patamar, de 10,5% ao ano, que é a segunda maior do planeta, é criminosa. Essa política de juros altos foi derrotada nas eleições de 2022. Campos Neto, se tivesse decência, teria entregado o cargo junto com Paulo Guedes e o inominável [Jair Bolsonaro]”, disse o dirigente da CUT.

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Sergio Nobre ainda disse que Campos Neto “elimina investimento produtivo, promove a maior transferência de riqueza dos mais pobres para os mais ricos”. Ele citou, por exemplo, que “se um rentista aplicar em títulos do governo, em 11 anos, ele dobra seu investimento, situação diferentes de outros países desenvolvidos, como os Estados Unidos, onde o mesmo rentista ‘levaria 17 anos para dobrar seu investimento”.

“A quem o Banco Central serve?”, questionou Nobre.

Da mesma forma, a presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvândia Moreira, reforçou a crítica. “A quem está servindo o presidente do Banco Central? Aos interesses de quem? É aos interesses do 1% mais ricos da população”, declarou.

Campos Neto é alvo frequente do presidente Lula e seus aliados, incluindo ministros e parlamentares. As críticas estão relacionadas principalmente à taxa de juros, que estaria dificultando o crescimento econômico.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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