O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou oficialmente o aumento de 5,5% para 7,2% da taxa real de retorno dos projetos de concessões de rodovias. Segundo Mantega, para o investidor, a taxa real de retorno, dependendo da rodovia, ficará entre 16% e 20%. Ele avalia que, com essa decisão, haverá interesse das concessionárias nos nove lotes de concessões, que totalizam 7,5 mil quilômetros.
Mantega contou que se reuniu nesta quarta-feira (8), com os empresários do setor (concessionários) e representantes do Sindicato Nacional da Indústria de Construção Pesada (Sinicon), que foram unânimes em afirmar, com entusiasmo, que a taxa fixada era atrativa e que participariam dos leilões, previstos para setembro. "As concessionárias já têm parte das rodovias e algumas têm interesse em ter outra parte", afirmou.
O ministro confirmou também que a chamada taxa alavancada caiu de 80% para 70%. Esse é o porcentual que o investidor pode alavancar de financiamento nas instituições financeiras. "Baixamos para 70% porque é mais realista", disse. O cronograma dos leilões, previstos para setembro, está mantido. O governo irá analisar as condições das concessões de ferrovias e para o trem bala em outra ocasião.
"Todos [os empresários] declararam que, com essa taxa de rendimento, o investimento se torna bastante atrativo e que eles vão participar dos leilões", afirmou o ministro.Segundo Mantega, com a definição da taxa, os leilões de sete dos nove trechos que o governo pretende conceder ficam marcados para setembro o que, segundo ele, mantém o calendário proposto pelo governo.
Mas, pelo calendário inicial, divulgado no ano passado, os leilões desses sete trechos deveriam acontecer em abril de 2013. Em janeiro, o governo divulgou um novo calendário marcando-os para julho de 2013. Portanto, com a data postergada para setembro, o atraso será de dois meses.
Mantega afirmou que possíveis mudanças nas taxas de retorno das concessões de ferrovias e do Trem-Bala serão discutidas depois. O ministro disse ainda que, além do BNDES, outros bancos públicos e também bancos privados estão liberados para financiar esse tipo de projeto e afirmou esperar que haja disputa entre eles para melhorar as taxas de financiamento para as empresas.
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