Os bancos nunca cobraram juros tão altos das famílias brasileiras. A taxa média subiu de 42,8% ao ano para 44% ao ano em outubro. É a maior já registrada pelo Banco Central desde que passou a contabilizar os dados na nova série histórica iniciada em 2011. Esses são os juros médios dos empréstimos feitos com recursos livres, ou seja, aqueles que as instituições financeiras têm o poder de escolher a forma que empresta. A expectativa é que as taxas continuem a subir ainda mais.

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Isso porque a alta verificada nos juros de financiamentos às pessoas físicas ocorreu antes mesmo de o Comitê de Política Monetária (Copom) decidir aumentar a taxa básica (Selic) no fim do mês. Três dias depois das eleições, o BC elevou os juros básicos da economia de 11% ao ano para 11,25% ao ano. Esse movimento surpreendeu os bancos. Agora, com o custo de captação do dinheiro mais caro e a expectativa de juros ainda mais altos no futuro, as instituições devem continuar a elevar os custos dos clientes.

Não foi apenas para as famílias que os gastos com juros ficaram mais salgados, mas para as empresas também. A taxa média cobrada pelos bancos das pessoas jurídicas com recursos livres saiu de 22,8% ao ano para 23,4% ao ano. É a maior desde março de 2012.

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