Os juros do cheque especial continuam em uma trajetória de alta e subiram 0,08 ponto percentual na comparação com novembro. A pesquisa, realizada pelo Procon-SP, observou crescimento de 8,25% a.m. para 8,33%. No último mês, a taxa já tinha observado crescimento de 0,07 ponto percentual.
O levantamento foi feito no dia 3 de dezembro nos bancos Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Banco do Brasil, Safra e Santander. A taxa média de juros para empréstimo pessoal também subiu, de 5,28% no mês anterior para 5,30%, aumento de 0,02 ponto percentual em relação ao levantamento do último mês.
Apesar da alta, apenas dois bancos, Bradesco e Banco do Brasil, elevaram suas taxas. O BB aumentou suas taxas do cheque especial de 6,18% para 6,71% a.m. e o Bradesco de 8,94% para 8,99% a.m.. Já no empréstimo pessoal, a alta ocorreu devido à elevação de taxas do Banco do Brasil, de 4,46% para 4,55% a.m., e do Bradesco, de 6,31% para 6,35% a.m..
Por meio de sua assessoria, o Bradesco disse que "o aumento de taxas registrado pela pesquisa reflete o repasse da Selic". Já o Banco do Brasil informou que o ajuste nas taxas de juros dos produtos para pessoas físicas "ocorreu em função do aumento do custo de captação".
O banco ainda afirmou que o cheque especial é uma modalidade de crédito que o BB não incentiva "uma vez que é priorizada a oferta de linhas de crédito que oferecem condições mais atrativas, como o crédito consignado".
Em sua última reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa Selic (básica de juros) em 0,5 ponto percentual -de 9,50% para 10%, sexta alta consecutiva. Essa alta vai na contramão da tendência iniciada em abril de 2012, quando os bancos públicos iniciaram uma trajetória de corte de juros para pessoas físicas e jurídicas, forçando as instituições privadas a acompanhá-los. A inflação persistente, no entanto, obrigou a elevação da taxa de juros, que se reflete no crédito ao consumidor.