São Paulo - Os juros futuros terminaram com as taxas de curto e médio prazos em alta ontem, enquanto os contratos de longo prazo cederam. O destaque do dia foram as declarações do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, em Washington, lidas como uma sinalização de que o processo de aperto da Selic pode não estar perto do fim, como se esperava.
Durante seminário promovido pelo The Brookings Institute, em Washington, Tombini afirmou que o BC está atento aos riscos inflacionários gerados pelo intenso fluxo de entrada de capital no País. Mais especificamente, o mercado se ateve à afirmação de que "estamos no meio de um ciclo de aperto monetário".
Selic
As declarações do presidente do BC animaram os investidores a se posicionar para uma elevação da Selic em 0,5 ponto porcentual na próxima quarta-feira, e a precificação dessa aposta na curva a termo cresceu um pouco em relação a ontem, de 25% para 30%. Se tal expectativa pressionou a ponta curta, por outro lado, produziu alívio nos contratos longos. Para a decisão do Copom em junho, a curva continua projetando 100% de possibilidade de aumento de 0,25 ponto na taxa básica.
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