A direção do Terminal de Contêineres de Paranaguá diz que a eliminação do terminal da empresa na rota Samba, linha marítima entre a Costa Leste dos Estados Unidos e a Costa Oeste da América do Sul, não terá reflexos na movimentação geral da empresa e que a lacuna será preenchida rapidamente com outros armadores. De acordo com o superintendente do TCP, Juarez Moraes e Silva, a rota que está sendo transferida para São Francisco do Sul representa cerca de 4,5% da movimentação total de contêineres importados e exportados que passam pela empresa.

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Ele disse que a linha que está sendo suprimida é realizada por uma escala semanal de um navio do trade, movimentando em média 8 mil TEUS (sigla em inglês de twenty-feet equivalent unity, unidade equivalente a seis metros). No total, o TCP faz o embarque e desembarque de 55 mil TEUS mensalmente.

Mesmo afirmando que a retirada do porto de Paranaguá da rota "não nos afetará em nada", Silva demonstrou descontentamento com a forma que o mercado foi informado sobre a transferência. "Eles não foram verdadeiros. Apontaram vários motivos que não existem", disse ele.

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O superintendente acredita que a eliminação do TCP "é um reposicionamento normal de linhas". Mesmo assim, em nota emitida aos clientes, a direção do terminal relembra as tarifas congeladas pela Appa, desde 2001, e diz que as tarifas praticadas pelo TCP não sofreram mudanças no último ano. A empresa ressalva que isso indica "a aplicação futura de alguma correção monetária, sempre limitada a perdas inflacionárias".

O congestionamento alegado no email também foi descartado pela TCP, lembrando a implantação das janelas de atracação. Na nota, a empresa ressalta que "é necessário lembrar a fortíssima pressão exercida pelos Armadores, alguns exportadores e importadores, para a implantação do regime de janelas sob o argumento de abandonar o porto de Paranaguá, caso o sistema não fosse implementado. Eis aqui a retribuição".

O texto diz ainda que respeita a "decisão tomada pelos Armadores, por ser legítimo o direito em escalar os portos que melhor lhes convier. Não podemos, no entanto, admitir argumentos inverídicos". (CO)