Terminal de Contêineres de Paranaguá assumiu gestão de unidade em Araucária e quer abrir novas bases intermodais| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

O Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) está reforçando sua atuação como prestador de serviços na cadeia logística. A companhia, que já trabalhava em três bases intermodais no interior do estado, assumiu em agosto a gestão de uma unidade em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, e ainda neste ano começa a operar mais uma, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC). Para 2015, o plano é acrescentar duas bases à lista, uma no Norte Pioneiro e outra no Noroeste.

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As operações são tocadas pela subsidiária TCP Log, responsável pela estratégia do TCP de atuar além dos portões do Porto de Paranaguá. Dos 785 mil TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) que o terminal marítimo deve movimentar em 2014, 142 mil TEUs, ou 18% do total, terão passado também pelas mãos do TCP Log. "A política do TCP é oferecer uma solução integrada de logística, atuando em suas regiões de influência com bases intermodais, em todas elas com a alternativa ferroviária", explica Juarez Moraes e Silva, diretor-superintendente comercial do TCP.

Na base de Araucária, que pertence ao grupo belga Van Moer, o TCP Log oferece serviços de armazenagem, carregamento e descarregamento de produtos a granel, paletizados ou em contêineres, além do transporte em direção ao Porto de Paranaguá. Hoje ela trabalha apenas com cargas rodoviárias, mas até o fim de dezembro começa a operar também com ferroviárias, em parceria com a Brado Logística.

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Segundo Moraes e Silva, a estrutura atende empresas das regiões Sul e Sudoeste do Paraná, movimentando principalmente cargas de exportação de cerâmicas, porcelanatos e produtos florestais. Em sentido oposto, a unidade também vai consolidar carregamentos de importados, como fertilizantes, produtos de madeira e autopeças. A perspectiva é de que em 2015 essa base seja responsável por 5% das operações do TCP Log.

Criada em 2011, a subsidiária faz a gestão operacional de uma base em Ponta Grossa e é responsável pelos serviços de integração nas bases da Brado em Cambé (Norte do Paraná) e da Cotriguaçu em Cascavel (Oeste). "Todas essas bases funcionam para exportação, e a até o fim deste ano também começam a atender às importações", diz o diretor.

R$ 365 milhões foi o valor investido pelo TCP em Paranaguá nos últimos três anos, desde que a norte-americana Advent International comprou 50% da empresa. Ampliado e modernizado, o terminal movimentou 753 mil TEUs em 2013, e deve fechar 2014 com 785 mil TEUs.

R$ 1 bilhão é quanto o TCP planeja investir em Paranaguá nos próximos 35 anos, em troca da prorrogação de seu arrendamento no porto, que, em vez de terminar em 2024, venceria em 2049. A proposta, aprovada na Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), está em análise na Secretaria Especial de Portos (SEP).