A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, atribuiu ao Congresso a “falta de vontade política” para a revisão estrutural dos gastos do governo neste ano.
Para a ministra, a revisão dos gastos deverá ficar para 2025 por conta das eleições municipais deste ano e do processo de regulamentação da reforma tributária.
“Neste momento, não há vontade política, e não é do presidente Lula. Ficam falando: ‘ah, esse governo, esse governo’. Mas, a partir do momento em que as medidas estruturantes do lado da revisão de gastos dependem, em sua maioria, de mudanças legislativas, não se pode colocar no colo só do Executivo o não querer. Se ele (presidente Lula) não quisesse, já tinha me tirado daqui há muito tempo”, afirmou Tebet, em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo (Estadão), nesta quinta-feira (5).
Quando questionada sobre a viabilidade do plano de revisão do governo, Tebet disse que mapeou as ações por cor: “sinal vermelho, amarelo e verde”.
Na lista vermelha foram colocados os itens fora de discussão, como uma mudança na correção real (acima da inflação) do salário mínimo, a revisão dos pisos da saúde e da educação e a desvinculação das aposentadorias do INSS em relação ao mínimo.
Nas outras duas listas estão a desindexação de benefícios assistenciais temporários e a revisão de benefícios previdenciários de militares.
“Você tem injustiças dentro da Previdência dos militares que os próprios militares já reconhecem e que já estão mais amadurecidas para serem levadas adiante”, afirmou Tebet.
Nesta quarta-feira (4), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que os militares poderiam também dar sua contribuição para as contas públicas, já que ficaram de fora da última reformulação, em 2019.
Governo promete reforma, mas evita falar em corte de gastos com servidores
Bolsonaro chora e apoiadores traçam estratégia contra Alexandre de Moraes; acompanhe o Entrelinhas
“Vamos falar quando tudo acabar” diz Tomás Paiva sobre operação “Contragolpe”
Brasil tem portas fechadas em comissão da OEA para denunciar abusos do STF
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast