Brasília (AE) Representantes do governo brasileiro pretendem levar pessoalmente a Bruxelas as respostas ao relatório elaborado pelos técnicos da União Européia que visitaram nos últimos dias fazendas, frigoríficos e laboratórios do país para verificar as medidas de combate à febre aftosa. Os europeus criticaram a demora do Brasil em reconhecer o foco da doença no estado. Por outro lado, eles deram sinais de estar satisfeitos com as medidas adotadas no Mato Grosso do Sul. A vistoria é um passo necessário para que a Europa retome a importação de carne do Brasil.
Desde outubro do ano passado, eles deixaram de comprar o produto do Paraná, do Mato Grosso do Sul e de São Paulo. No Paraná, as suspeitas de existência da aftosa surgiram em novembro, mas só no início de dezembro o ministério confirmou um caso da doença em fazenda localizada no município de São Sebastião da Amoreira. "Eles criticaram o tempo transcorrido até a notificação do caso", comentou o coordenador de doenças da secretaria, Jamil Gomes de Souza, referindo-se ao Paraná. Até hoje, o estado não reconhece a existência da aftosa.
Os europeus vão mandar, em 20 dias úteis, um relatório com perguntas a serem respondidas pelo Brasil. O Ministério da Agricultura quer usar o documento para pressionar o Paraná a admitir os casos da doença e, a partir daí, tomar as providências necessárias como abater os animais suspeitos de contaminação, por exemplo. Atualmente, a área da fazenda está isolada, mas os animais continuam vivos, o que é considerado de alto risco.
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