Curitiba O avanço da tecnologia criou inúmeras vagas de trabalho nos últimos anos. Em Curitiba e região, os profissionais formados em cursos técnicos ou tecnológicos têm facilidade em achar emprego, pois as empresas estão à caça desse tipo de qualificação. Muitos recém-formados, porém, resolvem caminhar com as próprias pernas, abrem suas empresas e se dão bem.
Uma pesquisa informal realizada pela Faculdade de Tecnologia Cetep mostrou que 98% dos seus alunos conseguem entrar no mercado de trabalho ainda durante os estudos e permanecer empregado depois da conclusão do curso. Por ano, a Cetep forma em média 2 mil alunos. "As fábricas precisam de muitos técnicos. Nós recebemos dois ou três pedidos de pessoal para trabalhar por dia. O estudante entra no curso e no segundo dia já é chamado", conta Marcelo Piragibe, professor da faculdade.
Os dados confirmaram um levantamento realizado pela Curitiba S.A. e pelo Centro Universitário FAE (Unifae), cuja conclusão é de que, entre 1996 e 2003, o crescimento de empregos na área de tecnologia da informação foi maior que o aumento da população ocupada total. O número de pessoas ocupadas cresceu aproximadamente 8,8%, enquanto os empregos na área tecnológica avançaram 41,77%.
Motos
Mas não é só na tecnologia de informação que os técnicos e tecnólogos encontram trabalho. Segundo Piragibe, cursos da área automotiva também são muito procurados. "O curso da moda agora é o de mecânica de motos", cita, lembrando o aumento da demanda por mecânicos em um setor que não pára de crescer. De janeiro a setembro deste ano foram vendidas quase 760 mil motos no país, um número 10,8% maior do que em igual período de 2004. Os dados são da Associação Brasileira de Fabricantes de Motocicletas (Abraciclo).
Foi nesse nicho de mercado que José Antônio Sorvi resolveu apostar. Vendedor de peças automotivas, ele decidiu mudar de ramo e abriu uma loja de peças de moto integrada a uma oficina mecânica, a SOS Motos, em São José dos Pinhais. "Mudei porque este é um mercado que está no topo e a tendência é crescer mais", justifica. Antes de iniciar o empreendimento, Sorvi fez o "curso da moda": o de técnico em mecânica de motos. "O curso foi muito bom, porque a partir do momento em que você vê o negócio na prática, aprende muito mais", conta.
Técnicos eletricistas também são bem absorvidos pelo mercado. Ainda de acordo com o levantamento da Curitiba S.A. e do Unifae, de 1996 para 2003 esses profissionais tiveram um aumento na participação dos empregos de 111,76%. Outros dados mostram que, enquanto em 1996 eles representavam 10,88% dos empregos, em 2003 a quantidade passou para 16,26%, o que indica um aumento da atividade em Curitiba.
Quem lida no dia-a-dia com recrutamento de funcionários também sente a grande demanda de técnicos e tecnólogos. Conforme a consultora em Recursos Humanos Janete Knapika, da Operativa, as empresas buscam muito esses profissionais. "Existe uma oferta maior de vagas do que de candidatos", conta. No entanto, o curso sozinho não garante a contratação. "As empresas querem técnicos com bom perfil comportamental, ou seja, que tenham atitude, vontade de trabalhar, pró-atividade e que gostem do que fazem", resume a consultora.
Além da facilidade em conseguir emprego, os técnicos e tecnológos costumam ganhar bem. "O pagamento nessa área é muito bom. Um estagiário que trabalha com redes de computador, por exemplo, tem um salário inicial de R$ 1.000", conta Vera Lucia Adib, diretora da Faculdade de Tecnologia de Curitiba (Fatec-PR).
Serviço: Operativa (41) 3225-3823.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Em rota contra Musk, Lula amplia laços com a China e fecha acordo com concorrente da Starlink
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast
Deixe sua opinião