O produtor de eventos Dado Dantas fez a compra de Natal deste ano pela internet: livros importados para amigos e familiares| Foto: Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo

Correios

Estatal tenta evitar "apagão postal"

Os Correios adotaram inúmeras medidas para eliminar qualquer possibilidade de "apagão postal" neste fim de ano. Por conta do movimento previsto para a carga postal, a entidade colocou em operação o Programa Operacional de Final do Ano (Pofa), com o objetivo de manter a normalidade no encaminhamento e distribuição dos objetos entregues via postal.

"Por conta do programa Pofa, os Correios esperam manter o cumprimento dos prazos que vêm praticando regularmente ao longo do ano. Sugerirmos ao cliente, ao postar numa agência seu objeto, consultar o atendente sobre os prazos previstos", diz o analista de correios pleno da presidência dos Correios, Fausto Weiler.

Medidas

O conjunto de ações do Pofa inclui a contratação de mão de obra temporária e de veículos alugados, aumento do número de horas extras para o pessoal da área operacional, suspensão de férias do pessoal operacional nesse período, deslocamento de pessoal da área administrativa para apoiar a área operacional. De acordo com os Correios, pela experiência dos anos anteriores, essas medidas são suficientes para enfrentar esse aumento sazonal da carga.

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O dólar fraco e os lançamentos tecnológicos que ainda não desembarcaram no Brasil devem aumentar o número de presentes importados debaixo da árvore de Natal neste ano. A compra de produtos do exterior bateu recorde no terceiro trimestre, com alta de 40,9% em relação ao mesmo período de 2009. Na comparação com o segundo trimestre, as importações tiveram incremento de 7,4%.

Segundo a Receita Federal em Curitiba, por onde passam todos os produtos até dois quilos que chegam ao Brasil, a onda de consumo de importados, somada ao Natal, chega a dobrar o número de encomendas, passando dos habituais 25 mil produtos por dia para 50 mil – os importados entre 2 e 20 quilos seguem para o Rio de Janeiro e as encomendas expressas (espécie de Sedex para remessas internacionais) vão para São Paulo.

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Para garantir que ninguém fique sem o iPad, o perfume francês de preferência ou aquele tênis recém-lançado pelo astro do momento no basquete americano, a Receita adotou algumas medidas na capital paranaense a fim de manter a normalidade do serviço. As ações passam por realocar colaboradores de outros departamentos para o trabalho de triagem em dezembro e janeiro. O serviço que antes era feito por cinco pessoas passa a contar com 13 funcionários.

"O somatório das encomendas que chegam ao Rio de Janeiro e em São Paulo é inferior ao que recebemos em Curitiba. Mesmo assim, a média é de cinco dias para liberar o produto. A nossa intenção é manter esse ritmo neste mês e em janeiro, outro período de grande movimento", afirma o inspetor da Receita Federal em Curitiba, José Henrique Nicole Soares.

Amostragem

A Receita trabalha no sistema de amostragem e aproximadamente quatro mil encomendas são verificadas por dia. "Isso não significa que o restante não seja verificado. É que documentos e livros, grande parte das encomendas, não sofrem tributação e são liberados imediatamente", explica Soares. A intenção é alcançar 100% de verificação ao longo do próximo ano, quando a empresa de Correios estará em um prédio novo e a Receita ga­­nhará uma área de seis mil metros quadrados no local.

Para que não ocorra o risco de atraso na liberação ou mesmo a apreensão do produto, Soares indica aos consumidores que busquem comprar de empresas idôneas e que façam a declaração correta das informações. "Quanto melhor for a empresa e a forma de declaração do produto, mais fácil e rápido de liberar. Se a descrição e o valor estiverem corretos, passa pelo raio-x e é liberado. Do contrário, se a declaração for errada na caixa e identificarmos a intenção, pode perder o produto", afirma.

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Liberado, o produto segue para a agência dos Correios mais próxima da residência do comprador. Após comunicado, basta comparecer, pagar a taxa de 60% do valor do produto no próprio local e retirar o importado. Caso a pessoa não concorde com a tributação imposta pela Receita, é possível pedir revisão. "Caso a pessoa se sinta prejudicada no momento da retirada do produto, pode pedir a revisão, que demora questão de dias. O ideal é fazer isso antes de pagar a taxa. Se pagar e for pedir reembolso, demora cerca de três meses para receber a restituição", explica o inspetor Soares.

Presentes de Natal

O produtor de eventos Dado Dantas aguarda a chegada dos importados que comprou para presentear amigos, familiares e fornecedores. Comprador assíduo pela internet, o empresário optou pelos livros neste Natal. "Nunca chega depois do prazo. Ao contrário, sempre antes. Geralmente em sete dias. O processo é extremamente confiável", afirma.