A palavra "royalties" não causa arrepios somente nos opositores das sementes transgênicas. Como ficou evidente na última edição da Futurecom, em Florianópolis, a operadora TIM também anda assustada com a cobrança de propriedade industrial. De acordo com o presidente da companhia, Mário César de Araújo, a terceira geração (3G) de celulares só entrará no Brasil por pressão da Qualcomm empresa que detém patentes da tecnologia. "A entrada da 3G no país, neste momento, seria prematura e prejudicaria a inclusão digital", declarou. O presidente da Qualcomm, Marco Aurélio Rodrigues, rebateu: "Nunca escondemos que cobramos royalties e temos interesse em crescer no Brasil. Mas ninguém será obrigado a adotar nossa solução. É preciso um forte exercício de imaginação para entender como a 3G atrapalharia a inclusão."
Só para franceses
Pessoas que visitaram o estande da Natura no Crystal Fashion, em Curitiba, andam desfilando com exclusividades na pele e nos lábios. A empresa presenteou os convidados com produtos vendidos apenas na maison da marca em Paris. Bruma de leite corporal de andiroba uma espécie de spray hidratante para o corpo e manteiga labial de urucum são duas das novidades só para franceses. Quem não visitou o estande tem duas opções: viajar a Paris ou comprar os produtos pela internet (www.natura.com). O problema é que, nos dois casos, o pagamento deve ser feito em euros. O frasco de 30 ml do spray hidratante, por exemplo, custa 16 euros (R$ 43,90) na loja virtual.
Entre lençóis e toalhas
Velha conhecida dos catarinenses, a rede Flamingo chega esse mês ao mercado paranaense. Para inaugurar sua primeira loja de artigos para cama, mesa e banho fora da Santa Catarina o empresário Roberto Emilio Schramm investiu R$ 600 mil. A unidade de Curitiba (instalada no Batel) é a décima loja de rede, que já atua nesse mercado há 55 anos. Além de produtos nacionais e importados, a Flamingo promete diferenciais como serviço personalizado (na casa do cliente) e preparação do quarto de futuros casais na noite de núpcias.
Caiu na rede 1
Os 80 pequenos e médios criadores filiados à Apisco (associação que reúne piscicultores da região metropolitana de Curitiba e do litoral paranaense) são os mais novos integrantes do Clube dos Produtores da rede de supermercados Sonae. A parceria fechada há três meses prevê, inicialmente, o fornecimento de peixes in natura e filé para 10 lojas da rede. "Alguns piscicultores já estão fornecendo os peixes para o Sonae. Outros ainda finalizam questões de logística referentes às normas da vigilância sanitária", conta o vereador Elói Kuhn, de Fazenda Rio Grande, que é membro da Apisco e também preside a Câmara Setorial de Piscicultura do Paraná.
Caiu na rede 2
Kuhn calcula em 5 toneladas o volume mensal de tilápias e carpas que será fornecido aos supermercados num primeiro momento. "Mas com certeza esse volume irá crescer", aposta. Criado há dois anos, o clube do Sonae reúne hoje 300 pequenos e médios produtores do Paraná e responde por 80% dos hortifrutigranjeiros vendidos na rede, que comprou deles R$ 12 milhões em produtos no ano passado. Os integrantes recebem visitas técnicas de agrônomos e participam de cursos ministrados pela Emater e pelo Centro Paranaense de Agroecologia, subsidiados pelo Sonae. Mas, para ter acesso ao tratamento especial e aos contratos diferenciados oferecidos pelo clube, devem cumprir todas as normas ambientais.
Acelerando no Cone Sul
A Delphi, maior fornecedora de autopeças do planeta, ocupou as manchetes do noticiário econômico mundial há cerca de duas semanas, quando sua matriz norte-americana iniciou um processo de recuperação financeira. Na América do Sul, entretanto, a história é outra. A filial registrou um crescimento bruto de 58% nos últimos dois anos, com vendas anuais de US$ 770 milhões. De acordo com o diretor executivo de vendas, marketing e planejamento, Carlos Storniolo, o plano de investimen-tos para 2005 é de US$ 30 milhões. Vale lembrar que nos bons resultados sul-americanos está incluída a planta de São José dos Pinhais, que fornece sistemas elétricos para a Volkswagen/Audi e Renault.
A onda do tricombustível
Na última quinta-feira, a Delphi esteve em Curitiba para uma mostra de tecnologia e gestão. O evento teve como vedete o sistema MultiFuel, que concorrerá com a Bosch no segmento de matrizes energéticas tricombustíveis. A diferença é que a solução da Delphi volta-se para ônibus e caminhões, já que permite o uso de diesel, GNV e biodiesel (só para lembrar, a injeção da Bosch usada pela GM no Astra serve para gasolina, álcool e GNV). O executivo Carlos Storniolo afirma que o lançamento do primeiro veículo equipado com MultiFuel depende apenas do planejamento de uma montadora. Qual delas? Mistério...
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