Pesquisadores da Microsoft e da Mitsubishi desenvolveram uma nova tela sensível ao toque que permite digitar texto, clicar em links e navegar por mapas em suas duas faces. Uma imagem semitransparente dos dedos na parte de trás do equipamento é exibida na frente, para que o usuário veja o que está tocando.

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Popularizadas por equipamentos como PDAs e pelo iPhone da Apple, as telas sensíveis ao toque estão provando ser objetos mais versáteis do que teclados propriamente ditos.

Mas essas telas podem ter um defeito. De acordo com Patrick Baudisch, pesquisador da Microsoft envolvido com o projeto LucidTouch ("toque lúcido", em português), quanto mais as pessoas tocam nas telas, mais elas podem estar encobrindo seu conteúdo.

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"A tecnologia faz os protótipos e as telas diminuírem, e nossos dedos vão ficando grandes em proporção. A tela sensível a vários toques multiplica as promessas, mas também os problemas", disse ele. O protótipo atual, que ilustra o conceito LucidTouch, é feito com produtos já existentes, afirma Daniel Wigdor, pesquisador do laboratório de pesquisas elétricas da Mitsubishi.

Segundo a publicação "Technology Review", o grupo começou com uma tela sensível ao toque comercial de sete polegadas. Na parte de trás, foi adicionado um sensor capaz de detectar múltiplos toques. Mas somente isso não possibilita ver as mãos. Então, os pesquisadores adicionaram uma câmera na parte de atrás do protótipo.

A imagem da câmera e a informação dos toques recebidos pelos sensores são processadas por um software, instalado em um computador de mesa, ao qual o protótipo é ligado. Wigdor explica que o programa inverte a imagem das mãos para que ela fique na mesma posição do usuário.

No artigo em que descrevem a descoberta, os pesquisadores sugerem diferentes opções adicionais para tornar os protótipos LucidTouch mais compactos, como o uso de sensores infra-vermelhos ou a possibilidade de os sensores fornecerem tanto as informações dos toques quanto as imagens dos dedos.