Análise: Oferta da Telefónica é continuação de filme que começou em 2009

É uma pequena ironia a Telefónica fazer uma oferta pela GVT. Em 2009, a Vivendi, atual controladora da operadora de telefonia que tem sede em Curitiba, venceu a própria Telefónica em uma disputa em que houve uma troca amarga de acusações.

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A espanhola Telefónica ofereceu R$ 20,1 bilhões pela GVT, unidade brasileira da francesa Vivendi, em uma estratégia para fortalecer sua liderança no mercado de telecomunicações móveis no país.

A medida vem após a Vivendi, liderada pelo presidente de seu Conselho de Administração e maior acionista Vincent Bollore, dizer no fim de junho que gostaria de manter seu último ativo restante de telecomunicações, apesar de se reposicionar como uma empresa de mídia.

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Em comunicado, a empresa francesa disse que nenhuma de suas unidades está à venda, mas que irá considerar a oferta da Telefónica na próxima reunião de seu Conselho.

A Telefônica Brasil disse que a oferta consiste em R$ 11,96 bilhões em pagamento em dinheiro mais novas ações de emissão da companhia representando 12% da Telefônica Brasil após a aquisição da GVT.

Em um esforço para cortar o custo do acordo, a Telefónica ofereceu à Vivendi a chance de adquirir 8,3% de participação na Telecom Italia.

Expansão

O Brasil, onde a Telefónica controla a maior operadora de telefonia móvel, a Vivo, é um mercado crucial para a gigante das telecomunicações espanhola, uma vez que representa seu segundo maior gerador de caixa e tem potencial de crescimento diferente de mercados saturados como os de Alemanha e Grã-Bretanha.

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A compra da GVT ajudaria a espanhola a se fortalecer no mercado de telefonia fixa e Internet banda larga, mercado em que ocupa a terceira posição no Brasil, com a fatia de 18,4%. A GVT é líder no Brasil em Internet de alta velocidade e televisão conectada.

A Telefónica cobiça o ativo há tempos, tendo perdido uma guerra de ofertas inicial para comprar a GVT para a Vivendi em 2009.