A Telefónica, maior companhia europeia de telecomunicações, anunciou dividendo superior ao esperado na sexta-feira, a despeito de uma aquisição planejada, bem como perspectivas otimistas de negócios que justificam sua generosidade em meio à crise.
A operadora espanhola, que fez uma oferta de 6,5 bilhões de reais (3,7 bilhões de dólares) pela rival brasileira GVT, esta semana, também previu crescimento anual de 1 a 4 por cento para seu faturamento no período 2008/12, e uma elevação de 4 a 7 por cento anuais em sua receita operacional.
"Ainda que parecesse difícil que a Telefónica fosse capaz de surpreender o mercado a esta altura, eles voltaram a fazê-lo, com projeções claramente acima das expectativas," disse Juan Testa, analista da corretora Banesto.
A América Latina deve continuar a puxar o avanço da Telefónica, com expansão projetada de 140 milhões de usuários de celulares, até 2012, à medida que sobe a renda da população local.
As ações da Telefónica subiram 0,8 por cento, para 19,375 euros, pela manhã, depois de chegarem à marca de 19,725 euros, mas continuavam a superar as das companhias rivais. A Telefónica registra 21 por cento de alta acumulada em 2009, ante 7,3 por cento de alta para o índice DJ do setor de telecomunicações.
A Telefónica anunciou que pagaria dividendos de 1,40 euro por ação em 2010, ante 1,15 euro este ano, superando a expectativa de 1,27 euro que prevalecia entre os analistas consultados pela Thomson Reuters I/B/E/S. O dividendo vai subir a um mínimo de 1,75 euro em 2012.
Cesar Alierta, presidente do conselho da empresa, falou sobre a natureza robusta das telecomunicações em uma reunião com investidores da Telefónica, afirmando que, a despeito da queda na economia mundial, a companhia esperava "grande penetração de banda larga... e uma explosão no tráfego de telecomunicações."
O grupo projeta que as conexões mundiais de banda larga subirão a mais de 320 milhões em 2012, ante 264 milhões no presente, e que o tráfego de telefonia suba em 40 por cento.
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