A operadora de telefonia fixa Telefônica planeja testar em São Paulo, ainda este ano, um sistema de TV em três dimensões (3D), que não precisa de óculos especiais. "Com sorte, começaremos os testes no Brasil antes da Espanha", disse Raúl Ortega del Río, diretor da Telefónica Investigación y Desarrollo, empresa de pesquisa da operadora.

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Em parceria com a operadora de TV por assinatura TVA, de quem é acionista, a operadora vai oferecer o serviço via IPTV (vídeo via internet direto no televisor) para os clientes da região dos Jardins, em São Paulo, que possuem conexão de fibras ópticas. Na Espanha, onde também haverá um piloto, o IPTV da empresa se chama Imagenio.

A Telefônica demonstrou a TV 3D durante o evento da Associação Brasileira de TV por Assinatura (ABTA) 2008, em São Paulo, com um aparelho da fabricante Philips. Para assistir os programas tridimensionais, o espectador precisa de um televisor especial. O modelo de 42 polegadas da Philips sai por 18 mil euros no Brasil, incluindo impostos e frete. "Hoje, a tecnologia é mais voltada para aplicações corporativas", disse Renato Secco, gerente da Philips. "Em três ou quatro anos, deve se tornar mais acessível ao consumidor.

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O aparelho acaba com a necessidade dos velhos óculos de lentes verde e vermelha. A tela projeta imagens um pouco diferentes para o olho esquerdo e o olho direito, para criar a ilusão da tridimensionalidade. A TV usa pequenas lentes sobre os pontos vermelhos, verdes ou azuis, que formam a imagem. Essas lentes fazem com que sejam mostradas imagens tridimensionais para nove ângulos diferentes de visão. Quando o espectador fica entre dois ângulos, ele acaba vendo imagens duplicadas, como os "fantasmas" que aparecem na televisão analógica. Resolver o problema é fácil: é só se mover um pouco para o lado, para receber as imagens certas para o efeito 3D.