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Telefonia

Teles usam rede wi-fi para desafogar 3G

Em Nova York, projeto é aproveitar os telefones públicos como hotspots | Keith Bedford/Reuters
Em Nova York, projeto é aproveitar os telefones públicos como hotspots (Foto: Keith Bedford/Reuters)
A Praça da Espanha, em Curitiba, agora possui conexão wi-fi gratuita |

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A Praça da Espanha, em Curitiba, agora possui conexão wi-fi gratuita

A explosão de consumo de dados no Brasil pegou as operadoras de telefonia celular de "calça curta", tornando a conexão à rede 3G muitas vezes uma dor de cabeça para o consumidor. Para tentar minimizar o problema, uma das estratégias das empresas de telefonia é expandir os pontos de acesso à internet por rede wi-fi, os chamados hotspots. Claro, Oi e Tim já possuem planos de instalação de antenas em locais com grande circulação de pessoas.

O uso da rede wi-fi pelas operadoras é comum em países ricos, como nos Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul. Nos locais mais movimentados, o cliente tem a possibilidade de usar as redes das teles para acessar a internet, uma alternativa mais rápida que o 3G. No Brasil, esse tipo de conexão também já pode ser utilizado nos grandes aeroportos, como em Guarulhos, e agora o plano é massificar o acesso nas principais cidades do país.

"A rede wi-fi não é mais vista como uma rede de competição pelas operadoras. Passou a ser vista como uma rede complementar, especialmente se aplicadas nesses cenários de alta densidade de tráfego", diz Fábio Jardim, gerente da área de acessos da PromonLogicalis, empresa que trabalha com soluções offload para as quatro grandes operadoras do país. "A grande questão para as operadoras é manter a experiência do usuário, ou seja, vão ter de garantir a qualidade e a segurança da rede."

Segundo Jardim, cada ponto de acesso tem capacidade, tipicamente, para o acesso de 400 usuários. Bares, restaurantes, shoppings e as ruas mais movimentadas são os alvos das operadoras para compensar o investimento nos hotspots.

Oi

A rede Vex, que tinha 1,6 mil pontos de acessos no país, foi comprada em outubro do ano passado pela Oi por R$ 27 milhões. Com a migração de todas essas redes para a Oi Wi-Fi, a operadora conta agora com 2,2 mil hotspots em cem cidades brasileiras. "Implementamos a rede Oi WiFi para atender ao crescente uso gerado pela massificação dos smartphones, tablets e notebooks. Agora estamos concentrando nossos esforços em ampliar a cobertura e oferecer mais economia e conveniência para os nossos clientes", diz o diretor de Inovação e Novos Negócios da Oi, Pedro Ripper, segundo nota enviada pela assessora de imprensa da empresa.

TIM

O projeto da TIM, a maior operadora de telefonia móvel do Paraná, é instalar 10 mil hotspots no país até o fim de 2012. Ainda não há previsão de quantos deles serão no estado. As redes wi-fi só estarão disponíveis para os clientes que possuem os planos Infinity Web e Liberty Web, mas a empresa estuda pontos de acesso livre para o público em geral. Hoje, o TIM Wi-Fi está disponível apenas em 11 aeroportos.

Claro

A estratégia da Claro será feita em parceria com o operadora de tevê a cabo Net, ambas controladas pela mesma empresa, a América Móvil. Os hotspots começaram a ser implementados em São Paulo e no Rio de Janeiro e devem chegar agora às principais regiões metropolitanas do país.

A Vivo ainda não anunciou sua estratégia de implementação de rede wi-fi.

Em NY, orelhão vira ponto de conexão

A prefeitura de Nova York lançou, na última semana, um projeto piloto para transformar os orelhões da cidade em quiosques com roteadores wi-fi, que serão instalados no topo dos telefones públicos. Ao todo, serão 12 mil orelhões convertidos em hotspots, sendo que nove deles já estão em funcionamento. Já foram convertidas seis cabines em Manhattan, duas no Brooklyn, e uma no Queens. Em breve, localidades como Bronx e Staten Island passarão a contar com o serviço.

Os orelhões não serão substituídos, garante a prefeitura, mas sim transformados em pontos que oferecerão wi-fi de graça pelo tempo que for necessário, durante 24 horas por dia, a moradores e turistas da cidade. O sinal estará disponível a até cerca de duzentos metros do telefone público. Para fazer a conexão, os usuários precisam simplesmente se aproximar do quiosque com um dispositivo de internet e fazer o login, sem a necessidade de senha.

Rahul Merchant, diretor de informações da cidade, afirmou que o programa faz parte do esforço do prefeito Michael Bloomberg para ajudar os nova-iorquinos e os 50 milhões de turistas que visitam a cidade a cada ano ficar cada vez mais conectados. "Estamos pegando uma infraestrutura existente e aproveitando-a para dar mais acesso à informação", ressaltou Merchant, segundo a Associated Press.

Merchant disse ainda que o plano da cidade não é para remover os orelhões, mas para melhorá-los. Os operadores dos telefones públicos e empresas de publicidade ao ar livre trabalham para adicionar os dispositivos de hotspots e estão pagando cerca de US$ 2.000 para cada configuração.

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