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A crise financeira global mudou de marcha. O temor de uma recessão chacoalha os mercados financeiros novamente nesta quinta-feira, mesmo com governos procurando novas medidas para tentar impedir que a economia mundial trave.

Os índices futuros de Wall Street apontavam abertura fraca diante da expectativa de que gigantes como o Citi divulguem pesadas perdas contábeis em seus resultados trimestrais, por conta de ativos podres.

Líderes da União Européia, em encontro em Bruxelas, devem defender mais ação para combater a desaceleração econômica, incluindo a adoção de medidas para dar sustentação à indústria, de acordo com esboço do comunicado da reunião obtido pela Reuters.

Os dois maiores bancos da Suíça --UBS e Credit Suisse-- vão receber fundos emergenciais do governo, além de apoio de outros investidores.

O primeiro-ministro do Japão, Taro Aso, afirmou que o governo norte-americano pode ter que colocar mais dinheiro nos bancos para restabelecer a confiança do investidor, derrubada pela crise que começou no mercado de moradias dos Estados Unidos e agora ameaça a economia do planeta.

O Banco Central Europeu (BCE) disse que vai repassar até 5 bilhões de euros (6,8 bilhões de dólares) para a Hungria, para garantir liquidez no mercado local.

Mas as decisões tomadas acabaram sendo ofuscadas pelas quedas das bolsas de valores na Ásia e na Europa.

"Os mercados estão vendendo ações porque os investidores ainda acham que os passos dados pelas autoridades dos Estados Unidos não são suficientes", afirmou o premiê japonês.

O índice FTSEurofirst 300, principal indicador de ações da Europa, perdia 3 por cento, por volta das 7h30 (horário de Brasília). Na Ásia, o índice Nikkei, da bolsa de Tóquio, despencou mais de 11 por cento.

Governos ao redor do mundo já comprometeram 3,2 trilhões de dólares em medidas emergenciais, incluindo a compra de participação em bancos.

Mas a falta de confiança continua entre as instituições financeiras, que têm evitado emprestar umas para as outras. Os depósitos overnight dos bancos no BC europeu atingiram o recorde de 210,8 bilhões de euros.

"O único provedor de liquidez agora é o banco central", afirmou Guillame Baron, estrategista do Société Générale, em Paris.

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