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A receita gerada por turistas estrangeiros no Brasil em 2008 bateu recorde. Chegou a US$ 5,785 bilhões ou 16,8% a mais do que no ano anterior.

Segundo a Embratur, o principal motivo é a ampliação do tempo médio de permanência dos estrangeiros no país.

De acordo com dados da estatal, esse tempo era de 17,4 dias por turista em 2005 e cresceu para 18,8 em 2007.

Outros dois fatores, que, afirma a Embratur, contribuíram para a ampliação da receita com turistas estrangeiros foram o perfil do visitante e o aumento da oferta de voos.

"Sobretudo a partir de 2006, o turista que viaja ao Brasil possui renda financeira e nível de escolaridade mais altos", diz Jeanine Pires, presidente da Embratur, em entrevista ao G1. Em 2005, os estrangeiros gastavam US$ 59,1 por dia. O valor aumentou para 65,6 em 2007, segundo dados da Embratur.

O número de vôos internacionais partindo e chegando de maior número de cidades brasileiras – como Manaus, Brasília, Belo Horizonte – e a recuperação da oferta de assentos também foram importantes.

"A saída da Varig prejudicou o turismo internacional nos anos de 2006 e 2007. Além disso, nos anos anteriores as pessoas precisavam ir para São Paulo ou ao Rio de Janeiro para, então, partir rumo outras cidades", explica Pires.

Quem é o turista internacional

De modo geral, o turista estrangeiro visita o Brasil a lazer, negócio e para encontrar amigos e parentes. Rio de Janeiro é a cidade mais procurada para lazer e São Paulo para negócios. A nacionalidade, na ordem decrescente, é argentina, americana e portuguesa. São Paulo, Rio de Janeiro, Foz do Iguaçu, Florianópolis, Salvador, Recife, Fortaleza, Belo Horizonte e Porto Alegre são as cidades mais visitadas.

Mas essa busca poderia ser maior, considerando que 75% dos turistas estrangeiros chegam de avião – a fronteira do Brasil com os países vizinhos possui barreiras naturais como a Floresta Amazônica e a Cordilheira dos Andes. E a moeda brasileira é favorável para turistas de países desenvolvidos e estável para os vizinhos sul americanos. "Sendo que a estrutura turística, de eventos e negócios brasileira se desenvolveu muito em 2008", diz Pires.

Crise econômica e investimentos

Segundo Pires, em curto prazo as viagens de negócio podem ser prejudicadas devido à crise econômica mundial. "Por outro lado, até fevereiro há um aumento de mais de 20% de turistas, principalmente argentinos, que viajam via terrestre", afirma.

Para garantir, nos próximos meses a Embratur deve investir em "cenários diferenciados" como turismo na área de golfe e pesca esportiva. O investimento planejado de R$ 80 milhões será feito em diversas áreas da promoção internacional como publicidade na internet, ações junto a operadores turísticos e companhias.

Dezoito países estão no foco da publicidade, incluindo mercados novos. "Vamos apostar também nos nórdicos - Dinamarca, Suécia e Finlândia - e até na Rússia", conta. Mas Pires lembra que o retorno do investimento é de médio a longo prazo.

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