Apesar da trégua no cenário externo, a nova cirurgia do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) e a apreensão que antecede a divulgação das novas rodadas das pesquisas eleitorais fizeram o dólar comercial fechar em R$ 4,1957 para venda. Cotação é a mais alta do ano. Do início de 2018 para cá, a moeda norte-americana acumula 25% de valorização diante do real.
A Bolsa também sentiu o sentimento de cautela dos investidores. Embora tenha aberto em alta, embalado pela baixa inflação nos EUA (que colabora para atrasar uma nova alta de juros por lá) e, ao mesmo tempo, por uma alta de juros acima do esperado na Turquia (24% ao ano), o Ibovespa, índice que reúne os principais papeis do mercado brasileiro, recuou 0,58%, para 74.686,67 pontos.
A briga comercial entre Estados Unidos e China também teve uma trégua. Os americanos convidaram os chineses para continuar as negociações e evitar o acirramento do conflito para uma verdadeira guerra de tarifas.
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Basicamente, o que os analistas explicaram aos investidores é que a tensão interna pré-pesquisas eleitorais minou o alívio relacionado ao cenário externo e deixou o mercado cauteloso. O Banco Central teve de agir novamente, fazendo leilão de 10,9 mil swaps cambiais (contratos futuros de dólar), num total de US$ 4,360 bilhões.
Ainda nesta quinta-feira (13), logo após o fechamento do mercado, sai um novo levantamento Genial Investimentos/Inspe. Na sexta (14) também é esperada uma nova rodada XP/Ipespe. Mas a expectativa é maior é com a divulgação do novo Datafolha, prevista para as 19h de sexta. Isto é, a tensão relacionada ao cenário eleitoral deve mexer com o mercado também ao longo do dia de amanhã.