Após seguidos atrasos e desentendimentos na prestação dos ser­viços, uma empresa contratada pe­­lo Ministério do Trabalho en­­cerrou suas atividades e acabou deixando 13 funcionários que atuavam no Paraná sem receber seus salários. A Modern Service, que tem sede em For­taleza, começou a apresentar irregularidades em agosto de 2011 e, em janeiro, seus representantes "desapareceram", não dando satisfações à Su­­pe­­rin­tendência Regional do Tra­balho e Emprego (SRTE) do Paraná nem aos seus funcionários, que acabaram desamparados.

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De acordo com os empregados, parte dos salários atrasados desde agosto foi paga ao longo do ano passado. No entanto, eles afirmam que os pagamentos de de­­zem­­bro e dos primeiros dias de janeiro ainda não foram cumpridos.

Na explicação do Ministério do Trabalho, nos meses anteriores a Modern Service trouxe suas notas fiscais e o recolhimento dos encargos trabalhistas referentes aos serviços prestados, o que possibilitou que o órgão liberasse os pagamentos, mesmo com os atrasos. No entanto, os documentos de dezembro não foram apresentados, o que impediria o ministério de liberar os salários daquele mês.

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Segundo o superintendente regional do trabalho, Neivo Beral­din, o órgão não poderia arcar com os salários dos funcionários. Segundo ele, esta posição dependia de uma liberação central do ministério, em Brasília. A assessoria de imprensa do Minis­tério do Trabalho, em Brasília, afirma que os salários não serão pagos pela pasta, visto que "o vínculo empregatício era de responsabilidade da empresa contratada". "O ministério não é devedor simplesmente porque a empresa não comprovou que prestou o serviço em dezembro", disse a assessoria.

Ainda de acordo com o órgão, os problemas da Modern Service se estenderam também por outros estados em que a empresa tinha contrato com o Ministério, caso de Pernambuco e Espírito Santo. Com isso, a pasta afirmou ter rompido unilateralmente o contrato com a companhia ainda no mês de janeiro. A reportagem procurou os representantes da Modern Service, mas não conseguiu contato.

Agora, os funcionários tentam resolver a situação na Justiça, com ajuda do Sindicato dos Em­­pregados em Empresas de Asseio e Conservação de Curitiba (Sie­maco). De acordo com a secretária-geral do sindicato, Amélia Rodrigues, a ação já foi iniciada e cobra os salários ainda não pagos, além das multas pelos atrasos anteriores. Ela, porém, diz não ter expectativas sobre o prazo para os ressarcimentos. "Sabemos que, por se tratar de uma discussão que envolve um ministério, as decisões podem ser mais demoradas", afirma Amélia.