Terminou sem acordo a reunião realizada nesta quarta-feira (11) entre representantes das companhias aéreas e de seis sindicatos de aeronautas e aeroviários ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT). O encontro ocorreu na sede do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA), no Rio de Janeiro. Nesta quinta-feira (12) serão realizadas assembleias para decidir se os trabalhadores entrarão em greve. Eles não aceitaram a proposta de reajuste salarial proposto pelo sindicato patronal. A data-base das categorias de aeronautas e aeroviários é 1º de dezembro.
Segundo Selma Balbino, do Sindicato Nacional dos Aeroviários, a proposta dos patrões foi apenas a reposição da inflação pelo INPC (por volta de 5,5% nos últimos 12 meses). Para trabalhadores que possuem piso salarial, o reajuste seria de 7%. Estão nesta situação auxiliares de serviços gerais, auxiliares de mecânica, operadores de equipamentos, agentes de proteção, entre outros. "Para um auxiliar de serviços gerais, cujo piso é de pouco mais de R$ 900, esse porcentual de reajuste não é nada. Levantamos da mesa. Assim não tem conversa", disse Selma.
São filiados à CUT os sindicatos de Aeroviários de Guarulhos, Campinas, Recife e Porto Alegre, além do sindicato Nacional dos Aeroviários (com base no Rio de Janeiro) e do Sindicato Nacional dos Aeronautas. Segundo Selma, representam cerca de 65 mil trabalhadores, o que corresponderia a 80% da categoria.
Selma disse ainda que, durante a reunião no SNEA, que contou com representantes das companhias TAM, Gol, Azul e Avianca, teria sido dito que os quatro sindicatos de aeroviários e aeronautas ligados à Força Sindical teriam aceitado a proposta dos patrões. A reportagem não conseguiu confirmar a informação até a noite desta quarta. São filiados à Força Sindical os sindicatos dos Aeroviários do Estado de São Paulo, Municipal do Rio de Janeiro, do Amazonas e de Minas Gerais.
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