O primeiro terminal público de álcool do país, inaugurado ontem no Porto de Paranaguá, deve ter tarifas de 40% a 50% mais baratas do que as praticadas pela iniciativa privada no município. As empresas que operam granéis líquidos em Paranaguá, Transpetro, Volpak e Cattalini, cobram de US$ 6 a US$ 12 por metro cúbico de álcool armazenado, segundo fontes do setor. A variação ocorre em função da demanda e da sazonalidade. Outra ação que deve beneficiar o setor é a construção do alcooduto ligando a região de Maringá ao Porto de Paranaguá. De acordo com o governador Roberto Requião, o duto deve ser estendido até o Mato Grosso.

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A Appa ainda não confirmou o valor da tarifa do terminal, mas ela deve ficar próxima a US$ 6. A estrutura, erguida ao valor de R$ 13,7 milhões, pode armazenar até 35 mil metros cúbicos de álcool. Isso vai permitir o embarque de até 15 navios com o produto a cada mês. O terminal deve começar a operar dentro de 30 dias. O prefeito de Paranaguá, José Baka Filho (PDT), disse que o alvará para funcionamento da estrutura ainda não havia sido liberado, o que gerou uma ação civil pública questionando a legalidade da nova estrutura. Um acordo entre a procuradoria da prefeitura e a Appa, a ser assinado até sexta-feira, deve ser encaminhado ao Ministério Público para a extinção do processo.

Para o presidente da Associação de Produtores de Álcool e Açúcar do Estado do Paraná (Alcopar), Anísio Tormena, o terminal vai ajudar na redução de custos para a exportação desta safra de cana-de-açúcar, que vai até abril de 2008. "A próxima etapa é o alcooduto. Estamos conversando com outros estados, pois é preciso ter viabilidade econômica." A estrutura seria uma parceria entre a Alcopar e o governo estadual. A Copel pode ceder terreno abaixo das linhas de transmissão para a passagem do duto. A empresa japonesa Mitsui também poderia participar do projeto. (RF)

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