O estudo do Ipea afirma que o setor aéreo "continua sendo planejado com o olho no espelho retrovisor em vez de se preparar para 40 anos à frente". Prova disso é que, quando ficar pronta a ampliação do terminal de passageiros do Afonso Pena, em 2014, sua nova capacidade será menor que a demanda projetada.
O terminal paranaense tem hoje capacidade de movimentar 6 milhões de passageiros ao ano, que será elevada em 33%, passando a 8 milhões de passageiros ao ano. O problema é que, segundo estimativa do Ipea, em 2014 devem passar pelo aeroporto 8,4 milhões de passageiros 400 mil a mais que a nova capacidade máxima.
O instituto considera adequado que o limite de eficiência operacional de um aeroporto seja de 80% chega-se a esse número dividindo o número de passageiros movimentados pela capacidade de cada aeroporto. Nos últimos dois anos, a taxa de ocupação ao Afonso Pena ficou acima disso, oscilando entre 80% e 100%. No ano passado, apenas os aeroportos do Galeão, do Recife e de Salvador estavam em situação adequada, com taxa de ocupação abaixo de 80%.
Além do Afonso Pena, os aeroportos de Belém e o Santos Dumont estavam em situação preocupante. Outros 14 terminais, entre os 20 principais do país, estavam em situação classificada como crítica quando mais passageiros passaram pelo aeroporto do que a capacidade máxima. É nessa situação que o Afonso Pena vai se encontrar em 2014, segundo as projeções do Ipea.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast