O Tesouro Nacional lançou nesta quinta-feira (9) 750 milhões de dólares na reabertura do bônus 2023, na primeira captação externa do governo brasileiro em oito meses. Segundo uma fonte familiarizada com o assunto, a decisão de não fazer emissão com novo título veio porque o objetivo é fortalecer o Global 2023 como referencial de dívida externa e dar mais liquidez ao papel.

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Em setembro do ano passado, o Tesouro emitiu 1,35 bilhão de dólares do Global 2023. O governo mira chegar, em algum momento, a cerca de 3 bilhões de dólares desse papel em estoque, montante que já existe em outros títulos, disse a fonte.

No lançamento da reabertura, o rendimento foi fixado em 2,75 por cento ao ano, em linha com o reportado mais cedo pelo IFR, um serviço da Thomson Reuters.

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A emissão, segundo o Tesouro, será liderada pelos bancos Barclays e Citigroup. Os títulos serão emitidos nos mercados norte-americano e europeu, com a possibilidade de dar seguimento à operação na Ásia após a abertura daquele mercado.

Na quarta-feira, o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, informou que o país poderia fazer uma emissão externa com novo título de 10 anos, ressaltado que a volatilidade dos mercados internacionais havia diminuído muito, abrindo a janela para captações soberanas.

O Global 2023 oferecia nesta quinta-feira rendimento de 2,724 por cento ao ano, ante 3,301 por cento em 21 de março, quando atingiu o pico.