O Tesouro Nacional afirmou nesta terça-feira (22) que investidores estrangeiros não estão abandonando aplicações em títulos públicos no país e disse que alguns agentes, especialmente fundos de pensão, estão aproveitando a alta de juros para aumentar investimentos.
José Franco, coordenador geral de operações da dívida pública, afirmou que a instituição possui uma reserva de recursos que permite intervir no mercado comprando títulos, sem necessidade de vender papéis para se financiar em momentos como o atual.
Em menos de dois meses, a taxa de juros de títulos prefixados subiu de 13% para mais de 16% ao ano, acompanhando a desconfiança do mercado em relação às contas públicas.
Desde o início do mês, a instituição vem fazendo leilões extraordinários, em estratégia conjunta com o Banco Central, para reduzir pressões sobre câmbio e juros.
Franco disse ainda que o Tesouro não tem necessidade de financiamento externo até o final do primeiro semestre de 2016, pois já comprou os dólares necessários.
Ele descartou adotar novamente uma estratégia de leilões diários, como foi feito em 2013, mas disse que a instituição vai atuar quando for necessário, para servir de referência para o mercado em termos de preços e taxas.
“Quando as taxas começam a subir e perdem um pouco a relação com os fundamentos, [o Tesouro] pode entrar comprando ou simplesmente não vender”, afirmou Franco. “Os investidores podem ter a certeza que o Tesouro está pronto para atuar em momentos de volatilidade sempre que os parâmetros de preços se tornarem inadequados em relação aos fundamentos da economia.”
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