Vai melhorar?
Novo sistema de mapas do iOS 6 é o grande desafio da Apple
Breno Baldrati
Um motivo importante para tanta gente adorar a Apple é a simplicidade e funcionalidade de seus produtos. Eles só chegam ao público quando estão funcionando 100%. Quando muita gente começa a falar mal de alguma coisa da empresa, portanto, é bom prestar atenção. Na última semana, quando a Apple liberou a nova versão do seu sistema operacional, o iOS 6, usuários de todo o mundo começaram a colocar na web suas impressões sobre o novo sistema de Mapas: e não foi nada bom.
Em resumo: pela primeira vez desde 2007, no lançamento do primeiro iPhone, a Apple trocou o fornecedor de informações do aplicativo de mapas. Saiu o Google e entrou um sistema da própria Apple. O novo Mapas, porém, não tem o mesmo detalhamento que os mapas do Google, além de omitir informações sobre o trânsito e deformar as imagens no modo 3D. E melhorar o sistema é algo que vai levar tempo.
O mercado deve ficar de olho como a empresa se comporta com a péssima reputação que o sistema de Mapas está tendo nesses primeiros dias. Em geral, a Apple não está acostumada com esse tipo de situação.
Paris foi uma das primeiras cidades do mundo a receber o iPhone 5, o lançamento mais aguardado do ano do mundo da tecnologia. Por isso, aceitei o desafio profissional de estar em frente à Apple Store Opéra às sete horas da manhã, com seis graus celsius marcando no termômetro. Minha missão: testar o aparelho tão cobiçado pelas centenas de pessoas que permaneceram enfileiradas por horas e até dias na porta da loja.
VÍDEO: Veja como foi o primeiro dia de vendas em Paris
INTERATIVIDADE: Você passaria horas na fila para ser um dos primeiros compradores do telefone?
Antes que algum leitor acuse este repórter de ser tendencioso ou gadget maníaco, eu admito: já tenho um iPhone e gosto muito. Portanto, esse teste não tem como base comparativa aparelhos de outras marcas e avalia apenas a evolução do modelo em relação às gerações anteriores.
Primeira impressão
O iPhone 5 é mais elegante e clean que todas as versões que o precederam. O aparelho adota o conceito construtivo de sucesso do MacBook Pro, linha de notebooks da Apple. O chassi é feito a partir de uma única peça de metal. Uma proposta que busca harmonizar a clássica relação do design entre forma e função. Sem parafusos ou pontos de emendas, o aparelho ficou mais fino e mais leve. Ao mesmo tempo, a combinação entre o alumínio fosco das costas, com acabamento espelhado nas laterais, e a tela touchscreen em vidro na frente criaram um resultado estético que impressiona.
Meia polegada a mais de tela, 28 gramas mais leve, 1,7 milímetro mais fino. Por parecerem insignificantes, estes números foram motivo de piada na internet após a apresentação do iPhone 5, em 12 de setembro. Mas, tendo ele nas mãos, é fácil sentir como, em se tratando de um telefone celular, essas pequenas mudanças fazem toda diferença. A portabilidade do aparelho é agradável graças à estrutura em alumínio fosco e, apesar de mais alto, ele manteve a mesma largura. Assim, navegar e escrever e-mails ou mensagens com apenas uma mão continua uma tarefa simples e confortável.
A tela maior também não muda muita coisa na navegação do aparelho. Na prática, ganha uma linha a mais de aplicativos por página. A vantagem do display de quatro polegadas, associado à Tela Retina, pode ser desfrutada ao assistir ou gravar vídeos. Uma experiência audiovisual renovada, que deve dar novo impulso à produção de conteúdos em vídeo para smartphones.
Chip entrega o prometido
Entre as melhorias de hardware apontadas pela Apple para o novo iPhone está o chip A6, que promete velocidade duas vezes maior que a geração anterior. A melhoria de desempenho do novo processador é visível. Alternar entre diversas ferramentas, visualizar vídeos em HD ou utilizar aplicativos mais pesados, como o Safari de navegação na internet e o Mapas, tudo é feito com grande fluidez.
A câmera iSight do aparelho também foi aprimorada, com melhor qualidade de imagem e maior velocidade na captura. Outra novidade muito comentada são as fotos panorâmicas, divertidas e fáceis de fazer. Para fotografar neste modo basta girar o telefone pelo ambiente na posição vertical, numa velocidade uniforme. Uma seta e uma linha horizontal indicam o sentido a seguir e a foto panorâmica vai se formando, gerando imagens que podem chegar a até 28 megapixels. Uma ferramenta que certamente deve virar moda em viagens, festas e invadir as redes sociais.
Novo conector
O conector de alimentação de 30 pinos, criado há 10 anos desde os iPods, finalmente foi aposentado, o que gerou críticas. O novo conector digital ligthning é cerca de 80% menor. Para tranquilizar usuários e fabricantes de produtos que utilizam o conector antigo, a Apple já anunciou a venda de um adaptador.
O novo iPhone também aposenta o chip micro-SIM e dá lugar ao nano-SIM. Pela falta de chip nos aparelhos em exposição na Apple Store Opéra, de Paris, a ferramenta "Telefone" não foi testada. Com tantos recursos, muita gente vai esquecer que o iPhone 5 também serve para isso.
Estilo de Vida | 4:23
Confira como foi o 1º dia de vendas do smartphone em Paris.
Congresso mantém queda de braço com STF e ameaça pacote do governo
Deputados contestam Lewandowski e lançam frente pela liberdade de expressão
Marcel van Hattem desafia: Polícia Federal não o prendeu por falta de coragem? Assista ao Sem Rodeios
Moraes proíbe entrega de dados de prontuários de aborto ao Cremesp
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast