A TIM desativou o call center próprio que mantinha em Curitiba e, com isso, centenas de funcionários que trabalhavam na unidade foram demitidos. O caso veio à tona depois de reportagem da Banda B apontar que alguns funcionários foram surpreendidos com o fechamento da unidade na manhã desta sexta-feira (8), ao chegarem para trabalhar.
O call center ficava na Avenida Presidente Arthur da Silva Bernardes, no Portão. A TIM não dá detalhes sobre o ocorrido, mas confirma o fechamento da unidade. Ao ser contatado pela reportagem da Banda B, o Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações do Paraná (Sinttel-PR) afirmou que cerca de 500 pessoas trabalhavam no local.
A TIM não informa o número de demissões. A Gazeta do Povo procurou o Sinttel-PR, mas ainda não conseguiu contato com o porta-voz do sindicato, que está reunido com a direção da entidade desde a manhã.
Em nota, a operadora defende que “todo o processo foi conduzido com a máxima responsabilidade” diante dos funcionários e que os sindicatos estavam a par do fechamento. A TIM afirma que ofertou aos trabalhadores demitidos um “pacote diferenciado de suporte”, que inclui extensão do plano de saúde por seis meses e indenizações adicionais (como auxílio-creche e auxílio filho portador de deficiência).
Segundo a empresa, a partir desta sexta-feira o serviço de atendimento ao consumidor será assumido pelas empresas terceirizadas AeC, AlmavivA e TMKT. Além disso, a companhia vai manter as unidades próprias no Rio de Janeiro e em Santo André, interior de São Paulo.
“A reorganização segue as diretrizes do Plano de Eficiência da TIM, que contempla todas as suas áreas e prevê eficiências acumuladas de R$ 1 bilhão de reais até 2017. As mudanças de processos e redistribuição de atividades de forma estratégica permitem manter o foco da companhia em serviços e infraestrutura que trazem mais competitividade e formas inovadoras de comunicação para toda a população”, afirma a operadora em nota.
Mais cortes
A “reorganização” atingiu outras unidades de call center da TIM pelo país. O jornal Diário de Pernambuco noticiou que a operadora também fechou seu braço de atendimento ao consumidor em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana de Recife – lá, 1.200 pessoas teriam sido demitidas e chegou a haver tumulto em frente à empresa.
A nota oficial enviada ao veículo pernambucano tem as mesmas informações da encaminhada à Gazeta do Povo.
Em fevereiro deste ano, durante apresentação a investidores, o presidente da TIM Brasil, Rodrigo Abreu, disse que a empresa iria reduzir custos trabalhistas no país dentro do esforço de ganhar eficiência e cortar despesas em R$ 1 bilhão entre 2016 e 2017.
Na ocasião, o executivo adiantou que a empresa estava fazendo uma análise a respeito dos funcionários internos e terceirizados. “Nós não estamos fazendo um plano de corte de empregos. O que estamos fazendo é um muito amplo plano de aumento de eficiência incluindo processos de reengenharia, na eficiência da infraestrutura e mais controles”, afirmou Abreu.
Contratações
As demissões vêm à tona um dia depois de uma concorrente direta da TIM, a Oi, anunciar que está contratando 200 pessoas em Curitiba para sua empresa de call center. Os candidatos irão atuar como agentes de televendas para a BTCC Conexão Cliente.
Segundo a Oi, os candidados não precisam ter experiência profissional. A companhia oferece treinamento especializado e remunerado, vale transporte, vale refeição ou alimentação, auxílio creche, plano de saúde e outros benefícios, além de plano de carreira.
O valor da remuneração não foi informado. Os interessados devem acessar o site da empresa na internet e se inscreverem nas vagas disponíveis para Curitiba.
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