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Telefonia

TIM espera retomada de receita de serviços no 2o semestre

A TIM prevê uma melhora operacional na segunda metade do ano, após fraco crescimento no primeiro trimestre, afetada por forte concorrência e questões regulatórias, que pressionaram receitas e o lucro.

Embora tenha crescido 14% na comparação anual, a 306 milhões de reais, o lucro líquido da companhia ficou bem abaixo das previsões, afetado em parte pela alta de 60 % nas despesas financeiras. Analistas esperavam, em média, lucro de 370 milhões de reais para a TIM.

Operacionalmente, a empresa do grupo Telecom Italia entregou números em linha com as expectativas de analistas, mostrando desaceleração tanto na receita líquida total quanto na geração de caixa operacional.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) cresceu 3,9 por cento ano a ano, para 1,22 bilhão de reais. A previsão era de 1,26 bilhão de reais. A margem Ebitda caiu de 26,3 por cento para 25,9 por cento.

A receita líquida totalizou 4,71 bilhões de reais de janeiro a março, alta anual de 5,4 por cento, ante previsão de 4,73 bilhões de reais. Há um ano, a receita da empresa tinha crescido quase 18 por cento na comparação anual.

Mas um ingrediente dessa coluna, a receita de serviços, que é bem mais rentável do que a obtida com a venda de aparelhos celulares, cresceu só 1,8 por cento, para 4,09 bilhões de reais, após ter crescido 15 por cento no ano a ano no começo de 2012.

"Vemos (no trimestre) um crescimento da receita de serviços abaixo daquele que enxergamos ser viável", afirmou o presidente da TIM, Rodrigo Abreu, em uma sua primeira teleconferência de resultados no comando da companhia.

Abreu atribuiu o resultado à fraca atividade econômica, à forte competição no setor, à queda nas tarifas de interconexão da rede móvel (a chamada VU-M) e ao fraco desempenho dos serviços de telefonia fixa, cuja receita bruta caiu 29 por cento, para 294 milhões de reais.

Mas a companhia agora espera uma aceleração dessas receitas no segundo semestre, especialmente com o lançamento de novas ofertas comerciais de serviços, além da "melhora relativa do ambiente macroeconômico e da estabilização do ambiente competitivo", afirmou Abreu.

A base de celulares pós-pagos da TIM cresceu 13,2 por cento, a 11 milhões de linhas, ao passo que a receita média por usuário (Arpu, na sigla em inglês), um indicador de rentabilidade, caiu 3,6 por cento, a 18,50 reais, pressionada pelo corte da VU-M.

A empresa informou o pagamento de 743 milhões de reais em dividendos em duas parcelas iguais, uma em 12 de junho e outra em 12 de setembro.

A ação da empresa fechou esta terça-feira na Bovespa em alta de 1,8 por cento. O Ibovespa avançou 1,86 por cento.

Ativos

Em meio à venda de ativos por operadoras como Oi e Telefônica Brasil nos últimos anos, a TIM não vê necessidade de fazer movimento similar agora, segundo Abreu.

"Os ativos que possuímos hoje são estratégicos, ainda não tem necessidade de caixa para pensar na venda desses ativos num primeiro momento", disse o executivo.

Abreu, que assumiu o comando da operadora no começo de março após um período de transição de quase um ano após a saída de Luca Luciani, afirmou que a prioridade da operadora é melhorar a qualidade da rede.

Uma das medidas para isso será a ampliação da capilaridade da infraestrutura de fibra ótica, que deve chegar a 47 mil quilômetros no fim deste ano, especialmente conectando diretamente as torres da empresa com fibra própria.

Isso contribuiu para o aperto na margem Ebitda de serviços, que caiu de 31,2 para 30,6 por cento também no ano a ano.

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