| Foto: Marco Gomes/ CreativeCommons

Qualidade

Operadoras prometem investir

Campeãs de reclamações dos consumidores, as operadoras de telefonia móvel prometem investimentos em 2012 para melhorar a qualidade de seus serviços. A TIM anunciou plano de R$ 8,5 bilhões para o próximo triênio, sendo que 85% disso deve ser aplicado em infraestrutura. "Estamos trocando 100% dos equipamentos para modernizar nossas redes", diz o diretor regional para o Paraná e Santa Catarina, Alexandre Ratacheski.

A Oi informou que tem intensificado os esforços para melhorar a capacidade de tráfego de dados 3G. Recentemente, ativou novos equipamentos em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, e pretende expandir o número de municípios atendidos pela banda larga móvel. Hoje a operadora oferece 3G em 12 cidades do estado.

De olho na rede 4G, ainda a ser licitada pelo governo, a Claro começou uma parceira com a Embratel para a instalação de rede fibra óptica própria. "Estamos investindo fortemente para aumentar a velocidade da banda larga. Com essas novas redes, a transmissão de dados será até 10 vezes maior", afirma Eduardo Coutinho, diretor da Claro para o Paraná e Santa Catarina.

A Vivo já lançou internet mais rápida do que a 3G, a chamada 3GPlus, mas o serviço por enquanto é exclusivo para São Paulo e ainda não se sabe se ele chega ao Paraná. Na última semana, a companhia anunciou que começaria a utilizar a frequência de 1.800 MHz, aumentando a sua capacidade de rede. (BB)

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Tendência

Banda larga móvel é nova frente de batalha

Apenas 6% dos celulares do Brasil são smartphones, telefones com capacidade para acessar internet via rede 3G, mas o forte crescimento nas vendas desses aparelhos mostra que a próxima frente de batalha entre as operadoras será no mercado de banda larga móvel – tanto para smartphones quanto para tablets. O mercado ainda é considerado de nicho, com poucos assinantes, mas a rentabilidade é alta. "A venda de smartphones pela Claro cresceu oito vezes no estado na comparação entre o terceiro trimestre de 2010 e o terceiro de 2011. O cliente paranaense busca tecnologia, tem poder aquisitivo e compra produtos mais caros, o que tem nos ajudado a entrar no mercado de alto valor", diz Eduardo Coutinho, diretor regional da Claro para Paraná e Santa Catarina.

Na Vivo, 70% das vendas do port­fólio são compostos por smartphones, de acordo com Josué Freitas, diretor da empresa no Paraná e em Santa Catarina. Em nota, a Oi informou que também aposta no consumo da internet como tendência para 2012. O plano Oi Internet Total engloba banda larga fixa, acesso 3G para notebooks e tablets e wi-fi gratuito e ilimitado nos principais aeroportos e shoppings centers do país.

Alexandre Ratacheski, diretor comercial da TIM no Paraná e em Santa Catarina, diz que a aquisição da infraestrutura da Intelig – mais de 15 mil quilômetros de fibra óptica – pela empresa permitirá o aumento de sua capacidade de tráfego de internet. No ano que vem, a banda larga fixa da empresa chega ao Rio e São Paulo. Ainda não há previsão para a chegada ao Paraná. (BB)

Líder isolada do mercado de telefonia móvel no estado, com 47,6% de market share, a TIM vai fechar o ano ainda mais à frente das concorrentes no número de linhas de celulares. De 1,3 mi­­lhão de chips ativados no Paraná até outubro, 56,6% foram conquistados pela em­­presa. Se contabilizados apenas os pré-pagos, a TIM ficou com 61% dos aparelhos.

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A empresa, porém, vê uma nova concorrente no retrovisor. Em 2011, a Claro assumiu a vice-liderança no número de linhas, com 20,3%, ultrapassando a Vivo, agora terceira, com 19,6%. A Oi tem a quarta posição, com 11,6%, seguida pela Sercomtel, de Londrina, que conta com apenas uma fração do market share. Os números são os últimos divulgados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Ao lado da TIM, a Claro foi a única empresa a crescer a taxas maiores do que a sua participação de mercado. A operadora obteve 25,4% dos novos pré-pagos e 27,7% dos pós. Vivo e Oi tiveram desempenhos abaixo do market share, conquistando 14,8% e 2,46%, respectivamente, das novas linhas.

Para Eduardo Tude, presidente da Teleco, consultoria da área de telecomunicações, o desempenho da TIM é reflexo da promoção Infinity, que oferece chamadas locais e de longa distância entre assinantes por R$ 0,25 e mensagens ilimitadas por R$ 0,50 nos dias utilizados. "Foi uma inovação para o mercado brasileiro e que acabou sendo imitada por outras operadoras, como a Claro e a Vivo. Sem dúvida, significou uma alavanca para a TIM, que está muito próxima de ultrapassar a Vivo em linhas pré-pagas no país", afirma.

O Paraná é o estado em que a TIM possui a maior vantagem so­­­­bre as concorrentes. Em parte isso se deve ao fato de ser a operadora mais antiga a atuar aqui. Após a privatização do mercado de telefonia nos anos 1990, a empresa manteve a infraestrutura da Telepar. "Em outros lugares isso também ocorreu, como com a Vivo em São Paulo, que ficou com a Telesp, mas nem sempre essa é a regra. A própria TIM perdeu a liderança em alguns estados do Nordeste, onde comprou estatais", diz Tude.

Para a Claro, o investimento na abertura de novas lojas e os planos agressivos, com chamadas a R$ 0,21 entre assinantes, foram os principais motivos para o bom desempenho da empresa no estado em 2011. "Aumen­­­tamos o número de lojas em 57% no Paraná neste ano, passando das 450 unidades", afirma o diretor regional da Claro para Paraná e Santa Catarina, Eduardo Cou­tinho.

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Na tentativa de retomar a segunda posição, a Vivo quer trazer para o Paraná em 2012 o serviço de telefonia fixa, que na Região Sul hoje está presente apenas em Porto Alegre. A companhia também apostou no lançamento do Vivo Direto, serviço via rádio que concorre com a Nextel. Em julho passado, Curi­tiba foi a primeira cidade do país a ter o serviço.

Para Tude, da Teleco, o desempenho da Oi, tanto no estado quanto no país, onde também apresentou perda de mercado, foi provocado pela "arrumação de casa" pela qual passa a empresa desde a aquisição da Brasil Telecom. "A empresa está em fase final de reorganização e deve aumentar a sua participação no ano que vem, com novos investimentos."

País

O cenário no país é diferente do visto no estado. A maior operadora do Brasil é a Vivo, ajudada pelos expressivos números de São Paulo, onde lidera o mercado com certa folga. Em agosto passado, a TIM ultrapassou a Claro para se tornar a segunda maior do país. A Oi é a quarta.

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