A TIM reconheceu nesta quinta-feira (26) que fará ajustes em sua política comercial nos estados onde há maior deficiência de infraestrutura e menor perspectiva de investimentos em rede. A empresa adota a estratégia de modular as pressões de venda de acordo com a evolução da demanda.
"A estratégia terá como aprimoramento maior equilíbrio entre demanda traçada e planejamento de investimentos reais. Não queremos forçar a estratégia comercial no sentido de colocar em dificuldade a capacidade de rede", disse Franco Bernabé, presidente da Telecom Itália, controlador da TIM Brasil, em coletiva de imprensa.
A empresa entrega nesta quinta à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) um planejamento já adaptado após as primeiras recomendações de ajustes da agência e espera que, já na próxima semana, possa retomar as vendas que estão suspensas desde segunda-feira nos 18 estados e no Distrito Federal.
"Evidentemente que o crescimento da demanda e do tráfego podem ter gerado atraso no crescimento da infraestrutura, que tem uma inércia mais difícil de ser superada, mas nosso empenho é de acelerar nosso investimento, para acompanhar o crescimento do mercado", Andrea Mangoni, presidente da TIM Brasil.
O prejuízo material das vendas suspensas até agora não é tão relevante, mas o impacto no mercado financeiro e na imagem da companhia são as duas principais preocupações da empresa, segundo seus executivos. Entre as três operadoras que tiveram vendas suspensas - TIM, Claro e Oi - a empresa de controle italiano é a mais criticada pela Anatel por descumprimento de metas de qualidade e falta de infraestrutura. "É uma crise de crescimento e nossa perspectiva é de que sairemos fortalecidos depois disso", disse Bernabé.
- Anatel terá sistema on-line de acompanhamento do serviço das operadoras
- Operadoras farão acordo para voltar a vender celulares no RS
- Oi apresenta plano de investimento à Anatel
- Consumidor vai demorar para sentir mudança na telefonia, diz Bernardo
- TIM perdeu US$ 2,5 bilhões após anúncio da Anatel, diz ministro
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast