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O Brasil registrou a presença dos tipos mais brandos da gripe aviária em fezes de aves migratórias coletadas na Bahia, Pernambuco, Pará e Rio Grande do Sul. O último registro do vírus foi em Pernambuco, em março. O Ministério da Agricultura, que só ontem divulgou um balanço da situação dos vírus, informou que as variedades encontradas no Brasil desde o ano passado não colocam em risco a saúde humana ou a criação de frangos e outras aves no território nacional.

Foram verificados nos estados de Pernambuco, Bahia e Pará os vírus H2, H3 e H4 (variações do H5N1, responsável pela extremamente letal gripe aviária que se dissemina sobretudo na Ásia), mas são considerados de baixo índice de contaminação e risco. No Rio Grande do Sul foi isolado o vírus influenza H4 tipo A, também de baixa propagação e riscos à população. "Estes vírus não oferecem risco nenhum à população, desde que ninguém coma carne de frango crua", diz o secretário Nacional de Defesa e Fiscalização Agropecuária do ministério, Gabriel Maciel.

De acordo com o secretário, estes vírus detectados não têm a menor condição de sofrerem mutações capazes de causar uma pandemia no Brasil. Apesar das informações destes vírus serem conhecidas desde o fim de 2005, o ministério só elaborou uma nota técnica sobre a sua descoberta no Brasil na sexta-feira.

O monitoramento dos vírus presentes em território nacional vem sendo feito justamente para prevenir a entrada no país do letal H5N1. Uma reunião realizada ontem entre membros da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês) e do Mercosul firmaram no Chile um acordo de cooperação para impedir a chegada do vírus ao Cone Sul.

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