Chester Carlson, um dos fundadores da Xerox, e a máquina pioneira| Foto: Divulgação/Xerox

Existe coisa mais analógica do que uma máquina de Xerox? À primeira vista, você pode pensar que cópias em papel não têm a ver com a era digital. Mas têm.

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Na semana passada, completaram-se 50 anos que a Xerox 914, a primeira máquina comercial, começou a ser vendida. E, com ela, pela primeira vez as pessoas tiveram a oportunidade de duplicar, copiar e desagregar conteúdo de forma barata e simples A revista Atlantic diz que o modelo "foi um dos catalisadores da era da informação". Um livro poderia ser reproduzido inteiro ou em partes, quantas vezes fosse preciso, do jeito que o leitor quisesse.

A reprodutibilidade pode ser banal hoje, mas há 50 anos foi revolucionária – tanto que trouxe algumas questões que ainda não foram resolvidas. Direitos autorais, por exemplo.

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A marca completou 45 anos de Brasil na mesma semana. E, mais do que facilitar o cotidiano em escritórios (seu propósito inicial), a Xerox é capital para a educação. O Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas para o Acesso à Informa­ção da USP constatou que a compra da bibliografia pedida nos cursos comprometeria quase toda a renda familiar. A questão foi uma das catalisadoras da re­­forma da Lei de Direitos Autorais. O MinC deve mexer na lei atual e permitir cópias para fins educacionais A questão partiu do papel – se estendeu também para o meio virtual.