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Todeschini começa a pagar ex-funcionários

Fábrica fechada da Todeschini: salários estavam atrasados | Walter Alves/ Gazeta do Povo
Fábrica fechada da Todeschini: salários estavam atrasados (Foto: Walter Alves/ Gazeta do Povo)

Ao menos parte dos mais de 300 ex-funcionários da Todeschini Alimentos, fabricante centenária de massas e biscoitos que fechou no fim do mês de janeiro sem aviso prévio, já começou a receber os salários atrasados e as indenizações. O acordo foi fechado na 6.ª Vara do Trabalho, por intermédio da juíza Suely Filippetto, na última quinta-feira, dia 4 de abril, envolvendo a Todeschini, a AC Comercial (empresa que desde 2006 estava responsável pelas vendas dos produtos) e 178 ex-colaboradores que haviam autorizado por procuração sua representação pelo sindicato dos trabalhadores das indústrias de alimentos de Curitiba e Região (STIP).

O valor total acordado foi de R$ 1.501.955,25, a ser pago em 13 parcelas, todo o dia 5 de cada mês – começando já na sexta-feira passada, 5 de abril. "O acordo também abre a possibilidade para que os outros funcionários possam manifestar a vontade de receber seus valores nos mesmos moldes. Basta entrar em contato com o sindicato", explica o diretor-presidente do STIP, Gilmar Servidoni. Segundo ele, o montante cobre salários atrasados do mês de janeiro, rescisões, multas de 40% do FGTS e ainda o valor de uma cesta básica para cada trabalhador.

De acordo com a advogada da AC Comercial, Adriane de Aragón Ferreira, cerca de R$ 150 mil serão depositados todos os meses pela empresa e pela Todeschini em uma conta da Caixa Econômica Federal, que repassará diretamente para as contas dos funcionários as parcelas devidas.

Com o acordo, o arresto de contas pedido pelo STIP ainda no dia 31 de janeiro, no valor aproximado de R$ 3 milhões, como garantia para o pagamento dos trabalhadores, foi cancelado.

A Imcopa, processadora de óleo e farelo de soja de Araucária envolvida também na ação de arresto, foi excluída formalmente do caso. Ao contrário do que foi divulgado por vários anos, a empresa de Frederico Busato Junior, em recuperação judicial desde o início deste ano, não tem qualquer ligação com a Todeschini.

Por intermédio de advogados, a reportagem da Gazeta do Povo tentou conversar com a empresa para esclarecer a informação, mas não teve retorno.

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