Entre 18 capitais, Curitiba registrou a segunda maior alta no preço da cesta básica em outubro, com uma variação de 4,8% em relação ao mês anterior. A capital paranaense ficou atrás apenas do Rio de Janeiro, onde o conjunto dos produtos alimentícios oscilou 5,86%. Os dados são da Pesquisa Nacional da Cesta Básica, divulgada ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
No topo da lista dos produtos que mais se encareceram em outubro e que ajudaram a aumentar a taxa de variação mensal está, mais uma vez, o tomate. O aumento do preço do tomate alcançou 25,68%, após ter uma retração de 3,38% de agosto a setembro. O fruto já foi vilão no início deste ano. No primeiro trimestre, chegou a acumular elevação de 70,9%.
O preço da banana também teve alta considerável: 16,23% no mês. Farinha de trigo, manteiga e batata variaram, respectivamente, 6,82%; 4,80% e 2,64%. Completam a lista dos produtos que tiveram o preço elevado a carne (2,40%), o leite (1,92%), o feijão (1,13%), o pão (0,79%) e o açúcar (0,56%). De 13 produtos, apenas três tiveram queda no preço no período: óleo de soja (-3,29%), café (-1,12%) e arroz (-0,93%).
Considerando o índice do último mês, a variação acumulada do valor da cesta básica desde janeiro chega a 9,38%. No período de um ano (outubro 2012-outubro 2013), o índice acumulada é de 4,87%.
Família
O custo da alimentação essencial mínima para uma família curitibana (formada por um casal e duas crianças) foi de R$ 890,28 em outubro, de acordo com o estudo. Assim, foi necessário 1,31 salário mínimo somente para satisfazer as necessidades do trabalhador e sua família com alimentação no mês. Para atender as necessidades vitais básicas do trabalhador e de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, o salário mínimo em outubro deveria ser R$ 2.729,24.