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Tombini diz a G20 que Brasil vai voltar a crescer

O governo brasileiro quer "convencer" o G20 de que está no caminho certo para aumentar a confiança no país e retomar o crescimento da economia a partir de 2016. Foi o que disse o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, ontem, em Istambul (Turquia), onde os ministros de finanças e chefes de BC das 20 maiores economias se reúnem até amanhã.

"Tenho a ambição de convencê-los de que temos a agenda certa para melhorar a confiança no Brasil nos próximos anos e de que as políticas que estamos implementando criarão uma melhor perspectiva econômica no médio prazo, começando em 2016", afirmou o presidente do BC, ao responder sobre as intenções do Brasil na cúpula na Turquia.

Tombini foi o convidado especial de um almoço com banqueiros e empresários em evento do IFF (Instituto Internacional de Finanças), que precede o G20. A reunião contará também com a presença do ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

O chefe do BC brasileiro destacou ainda que não há expectativa de crescimento do país para 2015. "Como disse o ministro Joaquim Levy, (o crescimento) tende a ser 'flat' (estável)", disse Tombini. Numa reunião fechada em Davos, no mês de janeiro, Levy usou essa expressão para dizer que o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro não deve crescer neste ano.

O presidente do BC explicou também as medidas que o governo tomou recentemente, como o aumento no imposto sobre a gasolina, que elevam a inflação no curto prazo. Ressaltou, no entanto, a expectativa do mercado de redução inflacionária a partir de 2016, até 2019. Em Davos, o presidente do BC já havia mencionado essa previsão, reiterando que o país poderá atingir o centro da meta em meados do próximo ano.

Tombini destacou as medidas de desenvolvimento de infraestrutura do governo em curso e outras reformas implementadas que, segundo ele, buscam a retomada da confiança no crescimento da economia. "Temos que continuar nessa direção", afirmou.

Cúpula

O encontro em Istambul ocorre num momento em que a Europa passa por turbulência após pacote do BCE (Banco Central Europeu) de 1 trilhão de euros para estimular a economia do continente e a chegada de um novo governo na Grécia ameaçando não honrar seus compromissos financeiros.

A expectativa é que os chefes das economias do G20 aprovem um novo cronograma a ser cumprido por cada país verificar suas políticas de crescimento.

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