O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, afirmou hoje que a autoridade monetária está alerta para que a grande liquidez global não gere problemas para a economia brasileira. Tombini participou hoje de audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, em Brasília.
Mais uma vez, ele disse que o BC tomará novas medidas se for necessário para enfrentar o problema. Respondendo a uma pergunta sobre o risco de reversão na taxa de câmbio, Tombini disse: "Estamos bastante atentos para quando regressão (câmbio) vier."
Mercado
Provocado sobre a relação do BC com o mercado, Tombini disse que "nem todos concordam" que o banco atende aos anseios do mercado. "Tenho ouvido o oposto", disse Tombini, numa referência às criticas recentes do mercado à autoridade monetária. Na audiência, o presidente do BC concordou sobre a necessidade de avanços na desindexação da economia brasileira e de aprofundamento nos esforços de redução do spread bancário (diferença entre os custos de captações dos bancos e o que é cobrado dos clientes).
Na CAE, o presidente do BC fez ainda uma defesa do processo de coleta de dados das previsões econômicas dos analistas do mercado financeiro pela pesquisa Focus. Segundo ele, o BC está seguro em relação à "robustez" do processo de coleta de dados. Ele admitiu, no entanto, que o BC vai ampliar a amostra de dados. "Temos feito esforço para ampliar a amostra de dados", disse, reconhecendo as dificuldades para essa ampliação.
O presidente do BC foi confrontado pela senadora Marinol Brito (PSOL-PA), que comparou essa coleta de dados pelo BC junto ao mercado financeiro como "colocar a raposa no galinheiro". Ela questionou Tombini se não seria essa uma opção política. O presidente do BC respondeu enfaticamente: "É uma opção operacional". Ele disse que o sistema prevê incentivos às instituições financeiras que acertam as previsões de inflação e citou o grupo de "Top 5" - que mostra as cinco instituições que mais acertam.
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