Em dois dias com investidores em Miami, nos Estados Unidos, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, defendeu os últimos passos dados na política monetária e assegurou que o BC tem o controle das rédeas da inflação no País. Ele garantiu ainda que a inflação vai convergir para o centro da meta de 4,5% ainda neste ano, mesmo com a inflação de serviços mais salgada.
Ao final de um dos eventos do qual Tombini participou, um grupo de investidores comentava o discurso do presidente do BC brasileiro. "Tombini disse que a inflação vai ficar na meta, mas como se a inflação de serviços está explodindo?", indagou um dos investidores presentes.
Questionado sobre o tema, Tombini negou que a inflação de serviços possa ser uma pedra no caminho do BC. "Como explodindo?", perguntou ele. "A inflação mais alta é em serviços, mas a inflação é o todo." E continuou: "Se eu falei isso (que a inflação vai convergir para o centro da meta de 4,5% este ano),é porque é isso".
A autoridade monetária rebateu ainda críticas de que o BC esteja agindo de modo diferente de seu discurso. As críticas surgiram no mercado após a divulgação da ata da última reunião de política monetária e da decisão do Copom de cortar a Selic em 0 75 ponto porcentual, para 9,75% ao ano. "Só foi possível o corte porque estamos em trajetória de convergência para a meta de inflação. Vamos convergir este ano", afirmou ele à AE em Miami.
Tombini também reafirmou aos investidores que o Brasil vai crescer mais este ano do que em 2011, e mais no segundo semestre do que no primeiro, graças ao efeito do corte de juros iniciado no fim de agosto de 2011. O presidente do BC retornará ainda nesta terça-feira (27) para Brasília.
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