O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou nesta segunda-feira que o Brasil está preparado para um agravamento da situação da economia de países como os Estados Unidos e da zona do euro. Tombini citou apenas de forma passageira a questão do limite de endividamento dos EUA, que será votado pelo Congresso norte-americano, e ressaltou o cenário "cada vez mais complexo" da maior economia mundial, com "crescimento sistematicamente revisado para baixo".
Tombini também citou a crise da dívida que atinge países europeus e avaliou que a situação pode ser agravar. Mas salientou que "por mais que a situação global ainda se prolongue não é permanente". "A economia do Brasil está preparada para um agudização do cenário internacional", afirmou, em palestra a empresários na sede da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg).
E citou como principais fatores para esse preparo a reversão das medidas tomadas para amenizar os efeitos da crise financeira de 2008, a robustez do mercado interno e o sistema de câmbio flutuante capaz de absorver choques externos. Segundo Tombini, as medidas adotadas para redução da queda do dólar e as reservas brasileiras em moeda estrangeira dão ao País "capacidade de prover liquidez em momento de maior estresse da economia global".
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