Dilma diz que país está "300% preparado" para enfrentar crise
A presidente Dilma Rousseff garantiu nesta segunda-feira (21) que o Brasil está "300%" preparado para enfrentar a atual crise financeira internacional.
Ao assinar ordem de serviço para a construção de uma ponte em Laguna (SC), Dilma disse que o país tem um "conjunto de armas" para fazer frente às turbulências.
(Reuters)
A economia brasileira deverá crescer mais em 2013 do que neste ano, afirmou nesta segunda-feira (21) o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. "A economia brasileira vai continuar seguindo uma trajetória de crescimento", garantiu Tombini em evento em São Paulo.
A recuperação da atividade econômica, que registrou crescimento de 2,7% no ano passado, está mais lenta do o governo esperava. Diante também das fortes incertezas internacionais, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, tem evitado fazer uma previsão para 2012, apesar de oficialmente o governo mirar em 4,5%.
As turbulências na zona do euro têm contribuído para uma valorização mais acelerada do dólar. O presidente do BC disse que o repasse da alta da moeda norte-americana para a inflação tem diminuído ao longo do tempo. A avaliação é de que esse repasse, até esse momento, é moderado.
Segundo ele, o cenário internacional tem viés de neutro para desinflacionário ao Brasil. "Nós não vemos nenhum ajuste importante em função do cenário internacional, que tem viés neutro a desinflacionário para o Brasil", completou Tombini.
Até então, o BC vinha sublinhando que o contexto de crise internacional contribuía para segurar os preços, o que para a taxa básica de juros significa menos pressão para continuidade do processo de redução da Selic.
"Houve um agravamento do cenário econômico internacional. Ninguém tem bola de cristal para saber o que vai acontecer, mas estamos mais fortes do que estávamos em 2008. Temos que avaliar a evolução da economia nos próximos dias", completou Tombini.
Apesar de ter alterado a linguagem sobre o efeito internacional na inflação, Tombini afirmou que os preços continuarão convergindo nos próximos meses para o centro da meta do governo, de 4,5%.
Tombini disse ainda que a atividade econômica vai se acelerar ao longo deste ano, destacando que o Brasil tem depósitos de compulsórios em nível adequado no momento. Para ele, os compulsórios são uma linha de defesa para tratar de questões de liquidez.
O governo tem preparado uma série de medidas para dar fôlego ao crescimento econômico que devem ser anunciadas nesta segunda-feira.
As ações estão focadas na concessão de crédito para estimular a venda de automóveis, além da ampliação do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), do BNDES, e redução de encargos para a indústria.
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