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Juros

Tombini indica que BC poderá reduzir ritmo de elevação da Selic

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, reforçou nesta terça-feira (10) a mensagem de que há uma defasagem no impacto da alta dos juros na inflação.

A afirmação, que já havia sido feita na semana passada, foi entendida por economistas como uma indicação de que o BC deve reduzir o ritmo de elevação da taxa Selic na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), em janeiro.

"Importante nesse processo lembrar que a transmissão das ações de política monetária para inflação ocorre com defasagens e envolve um certo grau de incerteza sobre a intensidade com que a inflação irá reagir às ações de política", repetiu, em audiência pública com senadores no Congresso.

Desde abril, a Selic já foi elevada seis vezes, passado de 7,25%, recorde de baixa, para o atual patamar de 10%, definido no final de novembro.

Fim de um ciclo

O destaque do BC para a defasagem no impacto da elevação dos juros -mensagem incluída também na ata que explicava a última decisão- foi entendida por economistas dos bancos Itaú, Bradesco e da consultoria LCA como indicação de que o ciclo de alta se aproxima do fim, podendo ser encerrado com um aumento de 0,25 ponto percentual em janeiro.

Esse aumento seria menor que os cinco anteriores, que foram de meio ponto percentual.

O objetivo da elevação dos juros é encarecer o crédito e as compras parceladas, reduzindo o consumo e, portanto, diminuindo a pressão sobre os preços.

Ao responder as primeiras perguntas de senadores, Tombini defendeu a política de intervenção no mercado de câmbio para aliviar o excesso de volatilidade. Ele ressaltou, porém, que o BC não trabalha com um patamar definido para o dólar e que o regime de câmbio é flutuante no país.

O presidente do BC também voltou a afirmar que a autoridade monetária manterá sua atuação no mercado cambial em 2014.

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