As medidas para estimular o crescimento econômico tomadas pelo governo terão seus efeitos na economia nos próximos meses, afirmou neste sábado (9) à agência Reuters o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.
Ele se disse otimista em relação à expansão do PIB no segundo trimestre. No primeiro trimestre, o crescimento foi fraco, de apenas 0,2% em relação ao quarto trimestre de 2011.
"As medidas recentes (que o governo vem tomando) vão começar a mostrar resultados daqui para frente", disse ele em conversa com a Reuters em um voo entre Brasília e Porto Alegre.
"Nós vamos soltar nossa projeção no final do mês, que vai traçar o panorama até o final do ano", disse ele, referindo-se ao Relatório Trimestral de Inflação do Banco Central.
Tombini não quis dizer se acredita ser possível chegar a um crescimento no segundo trimestre de 1%, mas afirmou que deve ser mais acelerado do que nos primeiros três meses.
Tanto a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) quanto o presidente do Banco Central afirmaram nos últimos dias que a recuperação econômica deve ser "bastante gradual".
Neste sábado, Tombini não quis comentar se a tendência é de continuidade de queda na taxa de juros, mas disse que näo há preocupação neste momento com a inflação.
O presidente da autoridade monetária usou como exemplo a queda na valorização dos títulos públicos com rendimento atrelado à inflação.
A ata da reunião do Copom divulgada na sexta-feira abriu caminho para a continuidade na queda de juros, tanto pela piora na crise europeia quanto na avaliação de que a recuperação do Brasil será gradual.