O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, afirmou nesta quinta-feira que o cenário da economia global tem exigido atenção do governo e do BC. Na abertura do 22º Congresso Nacional de Executivos de Finanças em Curitiba, ele ressaltou que o país está bem preparado para enfrentar eventuais dificuldades que poderão ocorrer com desdobramentos da crise financeira internacional.
"O objetivo maior do BC é estabilidade monetária", frisou. "A política fiscal tem trazido peso da dívida em relação ao PIB em níveis menores, o que também proporcionou a redução do risco país", disse.
Na palestra, Tombini ressaltou que o tripé da política econômica que é constituído pelo sistema de metas de inflação, câmbio flutuante e política fiscal rigorosa, foi reforçado pela acumulação de reservas, que estão hoje em US$ 350 bilhões.
Segundo ele, o fator de o governo ter se tornado credor externo líquido agregou mais robustez à economia nacional, o que permitiu em 2008 a implementação de medidas anticíclicas para conter os efeitos da crise mundial naquele ano sobre o Brasil.
O presidente do BC destacou que a boa condução da política macroeconômica nos últimos 10 anos permitiu a melhora dos índices sociais e de bem estar da população, pois permitiu que 25 milhões deixassem a condição de pobreza. "Sem estabilidade macro, não é possível estabilidade social", disse. Por outro lado, ele também enfatizou que os níveis de regulação e supervisão do sistema financeiro no Brasil permitiu que fossem mitigados os impactos da recessão mundial de 2008 sobre o Brasil.