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A Captiva, alvo do mais recente recall, anunciado ontem: veículos dominam lista de campanhas de troca de peças | Divulgaçâo
A Captiva, alvo do mais recente recall, anunciado ontem: veículos dominam lista de campanhas de troca de peças| Foto: Divulgaçâo

Defeito

GM trocará peça do Captiva V6, mas só em março

Folhapress

A GM abriu recall dos veículos Captiva V6, ano 2011, devido a um defeito no resfriador do fluido da direção hidráulica. O líquido pode aquecer se o câmbio for usado no modo manual, em primeira marcha, por mais de cinco minutos consecutivos. O fluido pode vazar e provocar incêndio no compartimento do motor, colocando em risco a segurança dos consumidores.

O recall envolve os chassis de numeração BS519983 a BS687625. Por falta de peças, a empresa só vai fazer a substituição do resfriador do fluido da direção hidráulica em março de 2012. A recomendação da GM, até que o reparo seja efetuado, é que o motorista não use o câmbio no modo manual e em primeira marcha por mais de cinco minutos com o motor em alta rotação. A empresa afirma que não há restrições quanto ao modo automático.

Serviço

Os proprietários do modelo deverão receber uma carta com os procedimentos que devem ser tomados até a troca das peças. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 0800-702-4200 e no site www.chevrolet.com.br.

O número de campanhas de recall – que são feitas pelas em­­presas sempre que um produto apresenta defeito e coloca em risco a saúde e a segurança dos consumidores – mais que dobrou no Brasil nos últimos oito anos. É o que mostra um levantamento divulgado ontem pelo Ministério da Justiça. Somente em 2011, foram feitos 75 recalls no país. Veículos e motocicletas lideraram a lista, com 41 e 14 campanhas, respectivamente. O número foi muito semelhante ao de 2010, quando as empresas fizeram 77 convocações.

Os recalls de produtos alimentícios e de higiene pessoal foram os que mais cresceram neste ano. No segmento, foram 17 chamamentos para troca de produtos ante sete registrados no ano passado – um aumento de 143%. Os segmentos de veículos e motocicletas, por sua vez, continuam como líderes de recalls. No ano foram, respectativamente, 41 e 14 chamados.

Na avaliação da diretora do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), Juliana Pereira, o aumento do número de recalls é um sinal de que o mercado nacional começou a se conscientizar da importância desse tipo de procedimento. "Quando há o reconhecimento de eventual risco para o consumidor, a realização da campanha de chamamento elimina o risco e pode evitar acidentes de consumo", explica a diretora do DPDC.

Mas o crescimento do número no Brasil não significa que o país não precise avançar no tema. Nos Estados Unidos, por exemplo, foram anunciadas nada menos que 60 campanhas de recall somente no mês de dezembro.

Juliana lembra que fazer o recall é uma obrigação das empresas que está prevista no Código de Defesa do Consumidor (CDC). Quando uma falha é detectada, elas precisam fazer uma ampla divulgação do problema para alertar os consumidores – em rádios, tevês e jornais – e consertar ou trocar o produto sem qualquer custo para os clientes. Outra obrigação prevista no CDC é que as autoridades de defesa do consumidor sejam avisados da campanha.

De 2003 a 2011, disparou o número de modelos de motocicletas que precisaram de recall. Há oito anos não houve nenhuma ocorrência, enquanto neste ano foram 14 casos. Outra curiosidade é que em 2011 não houve recall de medicamentos, brinquedos ou produtos de informática, segundo o Ministério da Justiça.

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