As duas principais montadoras do Japão, Toyota e Honda, cortarão ainda mais produção para se adequarem a estoques inchados, em um momento em que a venda de automóveis despenca. A terceira colocada Nissan deve transferir parte da produção ao exterior para cortar custos.
Enquanto isso, a Fuji Heavy, fabricante da marca Subaru, é a mais recente empresa automotiva a prever perdas neste ano fiscal, diante de um cenário em que a expansão da recessão global prejudica a demanda em mercados maduros e coloca um freio nas vendas em mercados emergentes.
O anunciou de cortes de produção pela Toyota nas fábricas da América do Norte veio após o alerta da General Motors de que as vendas de automóveis nos Estados Unidos este ano atingirão nível mais baixo em 27 anos.
A Toyota, que espera o primeiro prejuízo operacional anual de sua história para este ano fiscal, informou que os estoques de carros fabricados na América do Norte equivaliam a 80 a 90 dias de vendas, tendo dobrado no último ano. A companhia espera cortar este valor pela metade no segundo trimestre.
"O atual nível de estoque é recorde para a Toyota e o declínio do mercado não tem precedentes, com isso o aumento de inventários é inevitável", disse Yasuaki Iwamoto, da Okasan Securities.
"As vendas estão caindo entre 30 e 40 por cento todo mês, e este ritmo de queda é desconhecido tanto pela Toyota quanto por toda a indústria", disse ele. "As montadoras devem se adequar a essa situação por meio de cortes de produção o mais rápido possível."
A Honda informou que reduzirá produção doméstica em adicionais 56 mil unidades, esperando que a produção no Japão totalize 1,168 milhão de unidades neste ano fiscal até março, ante meta original de 1,31 milhões.
A Nissan também anunciou mais cortes de produção no Japão nesta quinta-feira, e uma fonte disse que a empresa irá registrar prejuízo operacional anual.
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